
Uma operação deflagrada na manhã desta quinta-feira (21), em Campo Grande, teve como alvo um esquema de lavagem de dinheiro supostamente ligado ao Primeiro Comando da Capital (PCC).

Chamada de Operação Fruto Envenenado, a ação foi coordenada pela Força Integrada de Combate ao Crime Organizado de Mato Grosso do Sul (FICCO/MS), que cumpriu três mandados de busca e apreensão em residências da Capital.
Além das buscas, a Justiça autorizou o bloqueio de mais de R$ 2,7 milhões, valor que, segundo os investigadores, seria proveniente de atividades criminosas realizadas pela facção nos últimos anos.
De acordo com as investigações, a principal suspeita é a ex-companheira de um dos líderes do PCC. Entre 2018 e 2022, ela teria movimentado aproximadamente R$ 3 milhões, recursos que teriam sido usados para financiar uma vida de alto padrão.
Para dificultar o rastreamento da origem do dinheiro, a mulher teria utilizado contas bancárias em nome de parentes e pessoas próximas. O esquema também incluía a aquisição de bens em nomes de terceiros, estratégia comum em casos de ocultação de patrimônio ilícito.
O que foi apreendido? - Durante o cumprimento dos mandados, os agentes apreenderam celulares, munições e veículos que podem estar ligados ao esquema criminoso. Os materiais serão periciados para aprofundar as investigações.
A Operação Fruto Envenenado foi realizada pela FICCO/MS, que reúne agentes da Polícia Federal (PF), Polícia Militar de Mato Grosso do Sul (PMMS), Polícia Penal Estadual (Agepen) e Secretaria Nacional de Políticas Penais (Senappen).
O grupo atua de forma integrada para combater o crime organizado no estado, especialmente facções que atuam dentro e fora dos presídios.
