
Operação “Blackout” do Gaeco (Grupo Especial de Combate ao Crime Organizado) esta sendo realizada e cumpre esta manhã de sexta-feira, 60 mandados de prisão em Campo Grande e outros municípios de Mato Grosso do Sul. Ação pretende desarticular facção criminosa que vem sendo comandada dos presídios de segurança máxima do Estado, com ramificações em diferentes setores fora da cadeia.
Durante uma operação em dezembro passado, ligações de presos foram monitoradas e apontaram os cabeças da organização e seus comandados. De acordo com o Gaeco, também foi constatado que o grupo criminoso tinha mais de 40 contas bancárias em nomes de laranjas, num total de R$ 3 milhões somente este ano.
Ação do Ministério Público Estadual denuncia “célula” de facção criminosa de São Paulo na penitenciária de Dourados. De acordo com o MPE, o grupo é formado por oito detentos do segundo maior presídio de Segurança Máxima de MS, a douradense penitenciária Harry Amorin Costa (PHAC).
Os denunciados foram flagrados com cocaína e uma caderneta contábil com a listagem de supostos integrantes e estatuto do PCC, com nomes e tarefas que cada um tinha cumprir. Além da quantia de drogas e de dinheiro que cada um vinha angariando, bem como repassando aos mentores do crime. A principal atividade do grupo seria o tráfico de drogas dentro da PHAC.
Mais documentos
Outro documento registra membros da facção criminosa PCC, os respectivos nomes de batismo e códigos de conduta. A denúncia do MP identificou o detento que supostamente comandava a estrutura da facção criminosa por ter um posto de alta relevância no grupo.
Inicio do caso
As investigações que deram origem à operação começaram em março deste ano depois que o policial militar aposentado, Otacílio Pereira de Oliveira, de 60 anos, foi morto em Três Lagoas.
Desde então, foram expedidos 55 mandados de prisão contra os integrantes, 38 deles estão no presídio de Segurança Máxima e de lá ordenaram o assassinato de pelo menos três agentes da segurança pública, além da execução do PM em Três Lagoas.
“Blackout”
Além do Jardim Noroeste e Portal Caiobá, o bairro Mata do Jacinto também será alvo da operação. A partir de investigações feitas a partir de escutas telefônicas e bloqueios de contas bancárias, a Polícia montou um organograma do PCC em Mato Grosso do Sul e conseguiu frustrar a execução de agentes da segurança pública. O plano era de executar um policial militar em Campo Grande e outros dois agentes penitenciários em Corumbá e Paranaíba.
A operação “Blackout” envolve também a transferência de presos, que atuam na liderança da facção, do presídio de Segurança Máxima de Campo Grande para o presídio Harry Amorim Costa, em Dourados e vice-e-versa.
