O Ministério Público de Goiás deflagrou nesta-terça feira (28) a terceira fase da Operação Penalidade Máxima, com foco na manipulação de resultados no futebol.
Dez mandados de busca e apreensão foram expedidos em oito municípios de cinco estados, incluindo Bataguassu (MS), a 310 km de Campo Grande. O objetivo é desvendar um esquema de corrupção que pode envolver aliciamento de jogadores para influenciar resultados em jogos de futebol.
Detalhes da operação - Os mandados, que estão sendo executados em Goiânia, Bataguassu, Campina Grande, Nilópolis, Santana do Parnaíba, São Paulo, Volta Redonda e Votuporanga, visam desarticular um grupo suspeito de oferecer dinheiro a jogadores para cometer atos que alterem o desfecho das partidas, beneficiando apostas esportivas.
O objetivo é investigar e desarticular uma suposta organização criminosa que vem atuando na manipulação de resultados de jogos de futebol. Segundo as investigações, esse grupo criminoso tentava aliciar jogadores profissionais, oferecendo-lhes somas significativas de dinheiro em troca de ações específicas durante os jogos, como a obtenção de cartões amarelos ou vermelhos, cometer pênaltis ou influenciar o placar final. Essas manipulações permitiam aos integrantes do esquema lucrar em sites de apostas esportivas.
Jogos investigados - A investigação abrange partidas dos campeonatos nacionais e estaduais, realizadas entre 2022 e 2023.
Avaí x Flamengo, pela Série A do Brasileirão de 2022
Náutico x Sampaio Corrêa, pela Série B do Brasileirão de 2022
Náutico x Criciúma, pela Série B do Brasileirão de 2022
Goiânia x Aparecidense, pelo Goianão de 2023
Goiás x Goiânia, pelo Goianão de 2023
Nacional x Auto Esporte, pelo campeonato paraibano de 2023
Sousa x Auto Esporte, pelo campeonato paraibano de 2023.
Estrutura e Apoio da Operação - A operação é conduzida pelo Gaeco e pela CSI, com suporte da Polícia Militar de Goiás e colaboração de órgãos equivalentes em São Paulo, Mato Grosso do Sul, Paraíba e Rio de Janeiro.
Essa fase segue duas operações anteriores iniciadas em fevereiro deste ano. Até agora, as investigações resultaram em três denúncias, com 32 pessoas acusadas de envolvimento em corrupção esportiva.
