A Operação Barricada Zero liberou cerca de 810 quilômetros de vias e devolveu a circulação de 1.555 ruas em áreas antes controladas pelo crime organizado no estado do Rio de Janeiro. A ação ocorreu entre os dias 24 de novembro e 22 de dezembro e teve como foco a remoção de barricadas erguidas por facções criminosas para dificultar o acesso do poder público e de serviços essenciais.
Coordenada pelo Gabinete de Segurança Institucional do Rio de Janeiro (GSI-RJ), a operação contou com a atuação conjunta da Polícia Militar, Polícia Civil, secretarias estaduais e prefeituras da região metropolitana. Ao longo do período, foram retiradas 6.594,5 toneladas de materiais utilizados como bloqueios, incluindo entulho, estruturas metálicas e outros obstáculos de grande porte.
Segundo o governo estadual, as ações buscaram restabelecer o direito de ir e vir da população e enfraquecer o controle territorial exercido por grupos criminosos. O governador Cláudio Castro afirmou que a iniciativa representa uma resposta direta do Estado à ocupação ilegal de vias públicas. “A Barricada Zero é uma ação firme do Estado para devolver às pessoas o direito básico de ir e vir. Cada via liberada representa menos poder para o crime e mais segurança para a população. Estamos reafirmando que nenhum território ficará sob domínio de criminosos. Qualquer tentativa de resistência ou reinstalação de bloqueios será enfrentada com rigor, inclusive com uma visita do Bope”, declarou.
O município de São Gonçalo concentrou o maior volume de material removido durante a operação, com 3.144 toneladas. O bairro Jardim Catarina foi o principal ponto de atuação na cidade, onde foram retiradas 2.050 toneladas de entulho, vigas metálicas e barricadas utilizadas para impedir a circulação de veículos e pedestres.
Além de São Gonçalo, a cidade do Rio de Janeiro também registrou números expressivos, com a remoção de 1.284 toneladas de barricadas. Em Duque de Caxias, o total de material retirado chegou a 868 toneladas, segundo dados divulgados pelo GSI-RJ.
As autoridades destacam que as áreas liberadas passarão a ser monitoradas para evitar a reinstalação de bloqueios. A operação integra um conjunto de medidas voltadas à retomada do controle estatal em regiões afetadas pela atuação de facções criminosas, especialmente em áreas urbanas densamente povoadas da região metropolitana fluminense.
