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INVESTIGAÇÃO CRIMINAL

Polícia prende mulher suspeita de transportar fuzil usado na morte de ex-delegado em SP

Arma teria sido levada da Baixada Santista até o ABC Paulista; dois suspeitos seguem foragidos e investigação aponta possível envolvimento do crime organizado

18 setembro 2025 - 15h15
Secretaria de Segurança Pública apresenta detalhes da investigação sobre o assassinato do ex-delegado
Secretaria de Segurança Pública apresenta detalhes da investigação sobre o assassinato do ex-delegado - Foto: Tiago Queiroz/Estadão
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Uma mulher de 25 anos foi presa nesta quinta-feira (18) sob suspeita de envolvimento na execução do ex-delegado-geral da Polícia Civil de São Paulo, Ruy Ferraz Fontes, assassinado na última segunda-feira (15) em Praia Grande, litoral paulista. De acordo com a Secretaria da Segurança Pública (SSP), ela seria responsável por transportar um fuzil utilizado no crime.

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Segundo as investigações, a mulher teria levado o armamento da Baixada Santista até o ABC Paulista, onde entregou a arma a um terceiro ainda não identificado. O celular da suspeita foi apreendido e encaminhado para perícia. A Justiça acatou o pedido de prisão temporária da investigada, que já tinha antecedentes por tráfico de drogas.

Suspeitos foragidos e linhas de investigação

Além da prisão, equipes do Departamento de Homicídios e de Proteção à Pessoa (DHPP), do Departamento Estadual de Investigações Criminais (Deic) e da Seccional de Praia Grande cumpriram oito mandados de busca e apreensão em endereços ligados a Flávio Henrique Ferreira de Souza e Felipe Avelino da Silva, conhecido como “Mascherano”. Ambos são apontados como suspeitos diretos da emboscada e estão foragidos.

Objetos apreendidos nas residências foram encaminhados para análise técnica e devem colaborar com o avanço das investigações. O caso segue sob apuração das autoridades paulistas, que contam com reforço de inteligência de diferentes setores da segurança pública.

Motivações: atuação contra o crime organizado e função pública

Durante coletiva realizada nesta sexta-feira (18), o delegado-geral da Polícia, Artur Dian, afirmou que a principal linha de investigação considera dois possíveis motivadores para o crime: o histórico de atuação de Ruy Ferraz Fontes no combate ao crime organizado — incluindo prisões de lideranças de facções criminosas — ou sua atuação recente como secretário de Administração da Prefeitura de Praia Grande, onde exercia influência sobre contratos públicos.

“A investigação trabalha com hipóteses que envolvem tanto sua carreira policial quanto sua atuação atual na gestão pública municipal”, afirmou Dian.

‘Questão de honra’ para a polícia

O secretário de Segurança Pública de São Paulo, Guilherme Derrite, também falou sobre o caso, classificando a resolução do crime como prioridade absoluta para o governo. “É uma questão de honra para nós realizar a prisão de todos os que participaram desse terrível crime. Apesar de aposentado, ele foi um dos delegados que mais enfrentaram o crime organizado de frente”, declarou.

Repercussão nacional

O assassinato de Ruy Ferraz Fontes mobilizou autoridades e gerou grande repercussão na imprensa nacional. O governo federal já se colocou à disposição para colaborar com as investigações, caso solicitado.

O corpo do ex-delegado foi velado na sede da Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo (Alesp), onde autoridades e colegas de profissão prestaram as últimas homenagens.

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