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FEMINICÍDIO

Mulher é morta a facadas em MS e companheiro é suspeito do crime

Vítima foi encontrada pela filha já sem vida dentro de casa, após discussão com o companheiro em Maracaju, a 140 km de Campo Grande

21 junho 2025 - 09h40Carlos Guilherme
Residência onde a vítima foi encontrada morta, no bairro Vila Juquita, em Maracaju (MS)
Residência onde a vítima foi encontrada morta, no bairro Vila Juquita, em Maracaju (MS) - (Foto: Divulgação/PM)

Uma mulher foi morta a facadas na noite desta quinta-feira (20), em Maracaju, a 140 km de Campo Grande. A vítima, Doralice da Silva, 42, foi encontrada morta por volta das 23h15 dentro de sua casa, no bairro Vila Juquita. O principal suspeito do crime é o companheiro dela, Edemar Santos Souza, 31, que fugiu logo após o ocorrido, mas foi localizado pela polícia pouco tempo depois. Esse é o 16º feminicídio do Estado.

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O caso foi registrado como feminicídio e mobilizou equipes da Polícia Militar, Polícia Civil e Perícia Criminal. A ocorrência foi atendida após vizinhos acionarem o telefone de emergência relatando gritos vindos da residência do casal e informando que o agressor havia deixado o local empurrando uma carriola com objetos pessoais, em direção ao bairro Nenê Fernandes.

Discussões frequentes e falta de registros anteriores - De acordo com informações da Polícia Civil, testemunhas relataram que as brigas entre o casal eram constantes. Mesmo assim, Doralice nunca havia registrado boletins de ocorrência ou solicitado medida protetiva contra Edemar. A filha da vítima, foi quem encontrou a mãe no quarto, já sem sinais vitais, com o corpo coberto de sangue.

Testemunhas próximas, confirmaram ter ouvido gritos momentos antes do crime, mas decidiram não acionar a polícia por se tratar de uma situação que se repetia com frequência. A irmã da vítima também prestou depoimento e reforçou que Doralice havia sido aconselhada a buscar ajuda, mas preferiu não formalizar denúncias.

Segundo levantamento feito no sistema de informações policiais, não havia qualquer medida protetiva vigente entre a vítima e o suspeito. A vítima possuía apenas uma medida protetiva contra um ex-marido, com quem já não mantinha contato há mais de um ano. Já Edemar tinha uma medida protetiva extinta solicitada pela mãe, o que não guarda relação com o crime.

O local foi isolado para o trabalho da perícia, acompanhada por agentes do Setor de Investigações Gerais (SIG) e da autoridade policial responsável pelo caso. O caso é tratado como feminicídio e será investigado pela Delegacia de Polícia de Maracaju.

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