
Mato Grosso do Sul ocupou a sexta posição no ranking nacional de trabalhadores resgatados de condições análogas à escravidão em 2024, segundo dados divulgados hoje (28) pelo Ministério do Trabalho e Emprego (MTE). Foram 105 pessoas retiradas dessa situação no Estado.

Minas Gerais lidera o ranking, com 500 resgates, seguido por São Paulo (476), Bahia (198), Goiás (155) e Pernambuco (137).
Em janeiro, 20 trabalhadores foram resgatados de uma fazenda exportadora de limões em Aparecida do Taboado, a 460 km de Campo Grande. O grupo, que incluía um adolescente de 16 anos, vivia em alojamentos precários e trabalhava sem equipamentos de proteção.
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Outro caso ocorreu em agosto, no Forte Coimbra, em Corumbá, a 450 km de Campo Grande, onde quatro estrangeiros foram encontrados isolados em uma propriedade rural. As vítimas viviam em condições insalubres e eram impedidas de deixar o local.
Também em agosto, nove paraguaios foram resgatados de uma carvoaria em Aquidauana. Eles sofriam com o chamado truck system, no qual os trabalhadores acumulavam dívidas impostas pelo empregador, como a venda de alimentos superfaturados. O caso resultou em um acordo de R$ 767 mil em direitos trabalhistas e danos morais.
Em todo o Brasil, o MTE realizou 1.035 fiscalizações específicas de combate ao trabalho escravo em 2024, resultando no resgate de 2.004 trabalhadores. Foram pagos R$ 7,06 milhões em verbas trabalhistas e rescisórias.
Entre as áreas com mais resgates estão construção de edifícios, cultivo de café e horticultura. Resgates em áreas urbanas representaram 30% do total no ano passado.
