Saiba Mais
Dados do Atlas da Violência 2021 divulgado nesta manhã (31), aponta que Mato Grosso do Sul foi o terceiro Estado que registrou o maior índice por mortes de indígenas. O levantamento indica que cerca de 2 mil indígenas foram mortos nos últimos dez anos. Em 2009, a taxa de homicídio foi de 15 por 100 mil habitantes, saltando para 18,3 em 2019. Amazonas e Roraima estão em primeiro e segundo lugar, respectivamente.
Os dados vão na contramão dos resultados apresentados sobre assassinatos no geral. O número de homicídios no Brasil teve queda de 27,2 para 21,7 por 100 mil habitantes. Segundo o Atlas, todos os estados mostraram queda na taxa de violência letal, com exceção do Amazonas, que aumentou 1,6% entre 2018 e 2019.
Alguns estados apresentaram taxa de homicídios indígenas superior aos assassinatos da população geral em 2019, como Santa Catarina, Mato Grosso do Sul, Rio Grande do Norte, Roraima e Rio Grande do Sul.
O Atlas da Violência, produzido pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública (FBSP) em parceria com o Instituto de Econômica Aplicada (Ipea) e o Instituto Jones dos Santos Neves (IJSN), se baseou, pela primeira vez, em números registrados pelo Sistema de Informação sobre Mortalidade, do Ministério da Saúde.
Marco Temporal - O Supremo Tribunal Federal (STF) adiou para amanhã (1º) o julgamento sobre o marco temporal das terras indígenas. A corte vai decidir se as comunidades tradicionais têm direito apenas sobre as terras já ocupadas antes da promulgação da Constituição, em 5 de outubro de 1988.
Desde então, indígenas de todo o País, inclusive de Mato Grosso do Sul, vem fazendo manifestações contra esse medida que pode prejudicá-los. Na manhã da última quarta-feira (25), indígenas do Estado paralisaram o km 302, entre Rio Brilhante e Douradina. Uma média de 20 manifestantes bloquearam o trecho. Já no km-216, em Caarapó, a interdição foi realizada por 30 indígenas. Para esta quarta, lideranças indígenas já estão se organizando para novas manifeastações em frente ao STF.
