Mato Grosso do Sul registrou uma diminuição de 10,2% nas mortes violentas intencionais (MVI) em 2024, conforme dados do Anuário Brasileiro de Segurança Pública divulgados nesta quinta-feira (24).
Apesar dessa redução, o Estado ainda enfrenta elevados índices de violência, com destaque para os homicídios dolosos, latrocínios e lesões corporais seguidas de morte, que seguem impactando a segurança pública local.
Em 2024, MS reportou 421 mortes violentas intencionais, ante 448 no ano anterior. Isso representou uma queda de 10,2%. Entretanto, o número de homicídios, que corresponde à maior parte das mortes violentas, se manteve elevado. Foram 20 casos registrados em 2024, contra 6 no ano anterior, evidenciando um aumento significativo nos homicídios dolosos.
Mato Grosso do Sul viu uma queda de 10,2% nas mortes violentas em 2024, mas segue enfrentando altos índices de homicídios e violência, com destaque para a ação policial.
Os dados também apontaram uma diminuição de 263,6% no número de latrocínios, com o Estado registrando 22 vítimas em 2024 contra 6 no ano anterior. A redução também se refletiu nas ocorrências de lesões corporais seguidas de morte, que passaram de 16 para 15 registros. No entanto, as taxas ainda são alarmantes quando comparadas com a média nacional, que também apresentou declínios.
Em termos de taxa de homicídios dolosos, MS registrou 14,5 homicídios para cada 100 mil habitantes em 2024, enquanto a média nacional foi de 17,1. O Estado se destaca por sua redução no índice, mas segue sendo uma das unidades da Federação com uma taxa elevada de mortes violentas. No Brasil, os homicídios dolosos caíram 6,2%, enquanto em MS a queda foi mais pronunciada, evidenciando uma melhora relativa, mas sem que o cenário de segurança seja considerado seguro.
Outro ponto relevante é a relação entre mortes decorrentes de intervenção policial (MDIP) e o total de mortes violentas. Em 2024, as mortes decorrentes de ações policiais em MS representaram 15,8% do total de mortes violentas no estado. Esse índice, apesar de ser inferior ao observado em estados como São Paulo, que apresenta 21,7%, é um indicador de que as intervenções policiais podem estar intensificando a violência em determinadas áreas do Estado. O anuário completo pode ser acessando aqui.
