
O Ministério Público de Mato Grosso do Sul, por meio da Promotoria de Justiça de Anastácio e do Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado (GAECO), concluiu a primeira etapa das investigações e denunciou os dois policiais militares envolvidos na morte do ex-vereador conhecido como "Dinho Vital", ocorrida em 8 de maio de 2024.

Segundo a denúncia apresentada à Justiça, os disparos foram efetuados por dois policiais militares que não estavam em serviço no momento dos fatos. De acordo com o laudo necroscópico e o laudo de local de crime, a vítima foi atingida por um tiro nas costas, com o projétil transfixando o tórax e saindo pelo peito, e por outro projétil na lateral do abdome.
Os laudos periciais indicam que, pela posição dos atiradores e pelas manchas de sangue encontradas, a vítima tentou fugir para a frente do seu veículo para se refugiar dos disparos. Foram encontrados oito estojos de cartuchos de munição próximos ao veículo dos policiais, enquanto próximo à vítima nenhum estojo deflagrado foi encontrado, descartando qualquer troca de tiros entre os envolvidos. Apenas perfurações de projéteis de arma de fogo foram constatadas no veículo da vítima, todas de trás para frente.
Os dois policiais foram denunciados por homicídio qualificado, pelo motivo torpe devido à discussão de natureza política que antecedeu o ocorrido, e por praticar o crime de forma que resultou em perigo comum, já que os disparos foram efetuados em via pública com intenso fluxo de veículos e pessoas, incluindo a presença da esposa da vítima no local. O crime foi praticado mediante recurso que dificultou a defesa da vítima, que foi surpreendida e alvejada pelas costas.
A denúncia oferecida pelo Ministério Público foi recebida pela Vara Criminal de Anastácio e a prisão temporária dos acusados foi convertida em prisão preventiva.
