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SEGURANÇA

Polícia prende irmão de suspeito de executar ex-delegado Ruy Ferraz Fontes

Prisão ocorreu em Praia Grande; investigações apontam participação de facções criminosas e uso de armas de grosso calibre na execução

17 setembro 2025 - 15h45
Carro suspeito de ter sido usado na execução do delegado Ruy Ferraz Fontes é encontrado em chamas em Praia Grande, SP
Carro suspeito de ter sido usado na execução do delegado Ruy Ferraz Fontes é encontrado em chamas em Praia Grande, SP - - Reprodução e Prefeitura de Praia Grande
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A Polícia Civil de São Paulo prendeu na manhã desta quarta-feira (17), em Praia Grande, no litoral paulista, um homem identificado como irmão de um dos suspeitos de participar da execução do ex-delegado-geral Ruy Ferraz Fontes, morto a tiros na segunda-feira (15). O homem foi levado para averiguação na sede do Departamento de Homicídios e de Proteção à Pessoa (DHPP), em São Paulo, mas não é alvo de mandado de prisão.

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A prisão faz parte de uma megaoperação policial deflagrada nesta manhã, que também cumpriu oito mandados de busca e apreensão expedidos pela Justiça. Além disso, dois mandados de prisão temporária foram autorizados.

Investigação em curso

O trabalho de investigação é conduzido por equipes do DHPP, Departamento Estadual de Investigações Criminais (Deic) e da Seccional de Praia Grande. Os investigadores já identificaram dois envolvidos no crime, um deles com passagens por roubo e tráfico de drogas. A suspeita é de participação de facção criminosa, embora essa linha ainda não tenha sido confirmada oficialmente.

Dois veículos foram utilizados na ação. Um foi incendiado logo após o crime, e o outro, abandonado, forneceu fragmentos de DNA e impressões digitais, que estão sendo analisados pela Polícia Técnico-Científica.

Declarações oficiais

O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, afirmou que o caso tem prioridade máxima nas investigações e que nenhuma hipótese está descartada.

"Temos várias linhas de investigação, e nenhuma pode ser afastada. Os responsáveis serão exemplarmente punidos com todo o rigor da lei", disse.

Durante coletiva na terça (16), Tarcísio também negou que Ruy Fontes tenha solicitado qualquer tipo de proteção estatal.

A execução

Ruy Fontes, que atualmente era secretário de Administração de Praia Grande, foi executado a tiros por três homens armados com fuzis, após ser perseguido em alta velocidade nas ruas da cidade. Ele perdeu o controle do carro e capotou entre dois ônibus. Os criminosos o alcançaram, dispararam vários tiros e fugiram logo em seguida.

Imagens de câmeras de segurança mostram a perseguição e os momentos finais do ataque.

Histórico policial

Com mais de 40 anos na Polícia Civil, Fontes atuou em cargos de destaque na repressão ao crime organizado, especialmente no combate ao PCC. Ele foi:

Delegado-geral de São Paulo (até 2022);

Diretor do DECAP;

Delegado titular de unidades do DHPP, Denarc e Deic.

Teve papel decisivo em prisões de líderes do PCC nos anos 2000 e acumulava experiência no combate ao roubo de bancos e ao tráfico de drogas.

Desde 2023, estava à frente da Secretaria de Administração de Praia Grande, gestão que continuou em 2025 com o prefeito Alberto Mourão.

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