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MANIFESTAÇÕES

Morador de Coxim nega participação em atos de depredação em Brasília

Por meio das redes sociais, Sodré se manifestou alegando sua imagem está sendo vinculadas a atos terroristas

14 dezembro 2022 - 15h40Da Redação
O dentista Celso Sodré Cardoso
O dentista Celso Sodré Cardoso - (Foto: Reprodução)

Conhecido em Coxim, a 250 km de Campo Grande, pelo trabalho, o dentista Celso Sodré Cardoso se viu em uma confusão nos últimos dias após ter sido acusado de participar de atos de vandalismo em Brasília, na última segunda-feira (12), que ocasionou na queima de três carros e cinco ônibus no Distrito Federal (DF).

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Por meio das redes sociais, Sodré se manifestou alegando que sua imagem está sendo vinculada aos atos terroristas. "Sou patriota, amo meu País e estou há mais de 30 dias participando pacificamente das manifestações, primeiro na minha cidade e agora em Brasília. Na noite de segunda-feira eu presenciei a prisão do cacique Serere, que ao meu ver foi absurda e por esse motivo eu fui até o prédio da PF que fica próximo onde estava hospedado", explicou.

A prisão do indígena José Acácio Serere Xavante, cacique da etnia xavante, 42, decretada pelo ministro Alexandre de Moraes, do STF (Supremo Tribunal Federal), levou a uma onda de depredações na capital País. Serere teria praticado condutas ilícitas em atos contra a vitória de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) em Brasília. O pedido de prisão temporária atende a uma determinação da PGR (Procuradoria Geral da República). O processo está sob sigilo na Suprema Corte. O indígena é uma das lideranças que participam das manifestações que são contra a vitória de Lula nas eleições.

"No local eu me deparei com pessoas com ânimos exaltados e dezenas de policiais. Por esse motivo eu fui até o meu carro e coloquei uma máscara de gás que eu tinha. São 40 dias vendo confrontos, policiais usando gás, a força e nós estávamos para protestar pacificamente sobre a prisão. Quando me perguntaram se eu tinha visto a chegada do ônibus local, eu disse que eu presenciei a prisão do cacique Serere e por isso eu dei o meu telefone a um determinado senhor. Passou algum tempo, ele foi até a mim de novo e perguntou o meu nome. E eu falei: Celso Sodré. E foi isso que aconteceu", afirmou.

Segundo o profissional, com o início do confronto entre policiais e manifestantes, ele colocou a máscara para se proteger e não para cometer os ataques. "Chegou um determinado momento onde começou a depredação de carros de pessoas que estavam para se manifestarem de forma pacifica, e no mesmo momento eu saí. As pessoas começaram a tacar fogo na esquina, perto do meu carro e eu entrei imediamente e fui embora. Eu não participei de nenhum ato terrorista e nem de depredações", ressalta.

Os atos de vandalismos terminaram sem que nenhum do autores dos episódios de violência fossem presos.

Em nota, a Secretaria de Segurança Pública do Distrito Federal disse que "não foram constatadas prisões relacionadas aos distúrbios civis ocorridos". Segundo a pasta, "para redução dos danos e para evitar uma escalada ainda maior dos ânimos, a ação da Polícia Militar se concentrou na dispersão dos manifestantes". Na noite de segunda-feira, o governador Ibaneis Rocha (MDB) chegou, no entanto, a dizer que a ordem era prender os vândalos. Confira o vídeo onde o dentista fala sobre o assunto:

 

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