
Saiba Mais
- POLÍTICA
Por que não há presos por atos de vandalismo em Brasília?
- NACIONAL
Vídeo: Vandalismo em Brasília foi praticado em parte por manifestantes de QG do Exército
- FUTURO CHEFE DA CASA CIVIL
Rui Costa fala com Ibaneis e pede punição a culpados por vandalismo em Brasília
- SITUAÇÃO COMPLICADA
Vídeo: Tudo será apurado e esclarecido, diz Anderson Torres sobre vandalismo em Brasília
Conhecido em Coxim, a 250 km de Campo Grande, pelo trabalho, o dentista Celso Sodré Cardoso se viu em uma confusão nos últimos dias após ter sido acusado de participar de atos de vandalismo em Brasília, na última segunda-feira (12), que ocasionou na queima de três carros e cinco ônibus no Distrito Federal (DF).

Por meio das redes sociais, Sodré se manifestou alegando que sua imagem está sendo vinculada aos atos terroristas. "Sou patriota, amo meu País e estou há mais de 30 dias participando pacificamente das manifestações, primeiro na minha cidade e agora em Brasília. Na noite de segunda-feira eu presenciei a prisão do cacique Serere, que ao meu ver foi absurda e por esse motivo eu fui até o prédio da PF que fica próximo onde estava hospedado", explicou.
A prisão do indígena José Acácio Serere Xavante, cacique da etnia xavante, 42, decretada pelo ministro Alexandre de Moraes, do STF (Supremo Tribunal Federal), levou a uma onda de depredações na capital País. Serere teria praticado condutas ilícitas em atos contra a vitória de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) em Brasília. O pedido de prisão temporária atende a uma determinação da PGR (Procuradoria Geral da República). O processo está sob sigilo na Suprema Corte. O indígena é uma das lideranças que participam das manifestações que são contra a vitória de Lula nas eleições.
"No local eu me deparei com pessoas com ânimos exaltados e dezenas de policiais. Por esse motivo eu fui até o meu carro e coloquei uma máscara de gás que eu tinha. São 40 dias vendo confrontos, policiais usando gás, a força e nós estávamos para protestar pacificamente sobre a prisão. Quando me perguntaram se eu tinha visto a chegada do ônibus local, eu disse que eu presenciei a prisão do cacique Serere e por isso eu dei o meu telefone a um determinado senhor. Passou algum tempo, ele foi até a mim de novo e perguntou o meu nome. E eu falei: Celso Sodré. E foi isso que aconteceu", afirmou.
Segundo o profissional, com o início do confronto entre policiais e manifestantes, ele colocou a máscara para se proteger e não para cometer os ataques. "Chegou um determinado momento onde começou a depredação de carros de pessoas que estavam para se manifestarem de forma pacifica, e no mesmo momento eu saí. As pessoas começaram a tacar fogo na esquina, perto do meu carro e eu entrei imediamente e fui embora. Eu não participei de nenhum ato terrorista e nem de depredações", ressalta.
Os atos de vandalismos terminaram sem que nenhum do autores dos episódios de violência fossem presos.
Em nota, a Secretaria de Segurança Pública do Distrito Federal disse que "não foram constatadas prisões relacionadas aos distúrbios civis ocorridos". Segundo a pasta, "para redução dos danos e para evitar uma escalada ainda maior dos ânimos, a ação da Polícia Militar se concentrou na dispersão dos manifestantes". Na noite de segunda-feira, o governador Ibaneis Rocha (MDB) chegou, no entanto, a dizer que a ordem era prender os vândalos. Confira o vídeo onde o dentista fala sobre o assunto:
