
A Polícia Civil de São Paulo prendeu nesta sexta-feira (3) um homem investigado como um dos principais fornecedores de insumos usados na falsificação de bebidas alcoólicas no Estado. A prisão ocorreu no Jardim Carumbé, zona leste da capital, durante operação contra o comércio ilegal de bebidas.

Segundo as autoridades, o suspeito fornecia garrafas, tampas, rótulos, caixas de embalagem e até selos falsificados de IPI, usados para simular a originalidade dos produtos. Ao menos dois imóveis eram utilizados para armazenar o material.
As bebidas adulteradas incluíam uísque, gim e vodca, segundo imagens divulgadas pela polícia. A defesa do suspeito não foi localizada.
Suspeita de metanol em processo de limpeza
Uma das principais linhas de investigação é que a contaminação por metanol tenha ocorrido no momento da limpeza dos vasilhames usados na produção. Até agora, são apuradas cinco mortes em São Paulo sob suspeita de intoxicação.
A Secretaria da Segurança Pública (SSP) informou que operações diárias têm fiscalizado bares, adegas e distribuidoras em vários municípios. Nesta semana, foram apreendidas 2,5 mil garrafas e nove estabelecimentos foram fechados, incluindo duas distribuidoras.
Casos em investigação no Brasil
O Brasil soma 59 notificações de suspeita de intoxicação por metanol, sendo 11 confirmadas. A substância, quando ingerida, pode causar cegueira e até morte.
Os registros estão distribuídos em São Paulo, Pernambuco, Distrito Federal, Paraná e Bahia. Entre os casos investigados está o do rapper Hungria, que permanece internado em Brasília.
Paralelamente, a Polícia Federal e o Ministério da Agricultura e Pecuária realizaram operações em indústrias de três estados nesta sexta-feira (3), com foco na venda de bebidas adulteradas.
As fiscalizações buscam identificar a origem do metanol e interromper a cadeia de distribuição clandestina.
