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NACIONAL

Médico e mãe são presos suspeitos de matar esposa com veneno

Investigação aponta que mulher foi envenenada com chumbinho; sogra teria procurado a substância dias antes da morte

7 maio 2025 - 14h35José Maria Tomazela
O médico Luiz Antonio Garnica e sua mãe Elizabete Arrabaça tiveram a prisão temporária decretada pela morte de Larissa, mulher dele
O médico Luiz Antonio Garnica e sua mãe Elizabete Arrabaça tiveram a prisão temporária decretada pela morte de Larissa, mulher dele - Foto: Luiz Garnica/Instagram/Reprodução

Médico ortopedista Luiz Antonio Garnica, de 38 anos, e sua mãe, Elizabete Arrabaça, de 67, foram presos nesta terça-feira (6), em Ribeirão Preto (SP), por suspeita de participação na morte da esposa dele, Larissa Tale Rodrigues, de 37 anos. O caso é tratado como homicídio por envenenamento.

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Segundo a investigação, Larissa foi vítima de intoxicação por chumbinho, raticida proibido no Brasil desde 2012, mas ainda comercializado de forma clandestina. O laudo toxicológico confirmou a presença da substância no organismo da vítima.

A morte ocorreu no dia 22 de março, no apartamento do casal, no Jardim Botânico, zona sul da cidade. Garnica afirmou que encontrou a esposa caída no banheiro ao retornar de um plantão. Ele tentou reanimá-la, mas o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) constatou a morte e identificou sinais de rigidez cadavérica, indicando que o óbito havia ocorrido cerca de dez horas antes.

O comportamento do médico levantou suspeitas da Polícia Civil. De acordo com o delegado Fernando Bravo, o apartamento estava com forte cheiro de produtos de limpeza e a cena aparentava ter sido manipulada.

A professora de pilates Larissa Rodrigues morreu em março deste ano, em Ribeirão Preto, interior de São Paulo. A Polícia afirma que ela foi envenenada com chumbinho. Foto: Luiz Garnica/Instagram/Reprodução

Larissa, que era professora de pilates, vinha relatando a familiares dores abdominais e diarreias dias antes da morte. Amigos e parentes também afirmaram que ela havia descoberto uma traição do marido pouco antes do falecimento. Ela chegou a confrontá-lo e até filmou o médico entrando no prédio onde morava a suposta amante.

Conforme o inquérito, a sogra da vítima, Elizabete, foi a última pessoa da família a manter contato com Larissa antes da morte. Quinzena antes do óbito, a idosa teria procurado informações sobre como adquirir chumbinho, inclusive entrando em contato com uma amiga fazendeira. A polícia trabalha com a hipótese de que o envenenamento tenha ocorrido de forma gradual, ao longo de vários dias.

Com a confirmação de que Larissa morreu por envenenamento, a Polícia Civil considera pedir a exumação do corpo da irmã do médico, Nathalia Garnica, que morreu em fevereiro, aos 42 anos, supostamente vítima de um infarto. Como as circunstâncias das duas mortes são semelhantes, os investigadores querem apurar se há conexão entre os casos.

Os advogados dos suspeitos afirmaram que não houve crime e que as prisões são ilegais. A defesa de Luiz Antonio Garnica sustenta que ele é inocente. Já o advogado da mãe dele, Elizabete, alegou que ainda não teve acesso completo à denúncia.

Luiz Antonio foi detido em sua clínica no Jardim Califórnia. A mãe dele foi presa no Jardim Irajá. Durante o interrogatório, Elizabete passou mal e precisou ser socorrida pelo Samu. Ela recebeu alta e deve passar por audiência de custódia nesta quarta-feira (7).

Os celulares do médico, da mãe e da mulher apontada como amante foram apreendidos para análise. A polícia também investiga se essa terceira pessoa ajudou a construir um álibi para Garnica, já que os dois teriam ido ao cinema juntos na véspera da morte de Larissa.

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