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Marido confessa que matou mulher após discussão envolvendo filho da vítima que está preso

Segundo a delegada, durante o interrogatório, o responsável pelo crime, Daniel Souza Lirio, 42, confessou que uma discussão sobre o filho da vítima - que está preso por tráfico -, foi o estopim para o ataque

5 dezembro 2023 - 11h20Carlos Ferreira e Rafael Rodrigues
Delegada Elaine Benincasa
Delegada Elaine Benincasa - (Foto: Rafael Rodrigues)

Em coletiva realizada nesta manhã (5), a delegada titular da Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher (DEAM) de Campo Grande, Elaine Benicasa, deu detalhes do feminicídio de Gilka Simony Nunes, 47, ocorrido no fim da tarde de ontem (4) no bairro Moreninhas, em Campo Grande. Segundo a delegada, durante o interrogatório, o responsável pelo crime, Daniel Souza Lirio, 42, confessou que uma discussão sobre o filho da vítima - que está preso por tráfico -, foi o estopim para o ataque.

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"Durante o interrogatório, o suspeito relatou que a discussão que levou ao crime ocorreu por conta de desentendimentos relacionados ao filho da vítima, atualmente preso por tráfico de drogas, e pelo fato de ela continuar a apoiá-lo financeiramente. Este assunto, segundo ele, era uma fonte recorrente de conflitos no lar", detalha a delegada.

Gilka foi assassinada.Gilka tinha 47 anos - (Foto: Reprodução)

No dia do crime, a vítima estava em seu quarto, descascando uma laranja, quando, conforme alega o suspeito, ela o feriu com uma faca no braço, motivo pelo qual ele foi encontrado com um ferimento no braço esquerdo no momento da prisão. "Após isso, uma discussão se intensificou, levando-o a esbofetear a Gilka, que reagiu esfaqueando seu braço. O suspeito, que costumava guardar uma faca ou punhal afiado em seu travesseiro, pegou a arma e desferiu um golpe no peito da vítima", explica.

Daniel admitiu ainda ter perdido a memória sobre os demais golpes, apesar de serem estimados em cerca de oito. "Após o ataque, ele tentou fugir e alega que pretendia se suicidar, mas foi interceptado e detido pela Polícia Rodoviária Federal".

O casal estava em processo de separação e Daniel, já era conhecido pelas autoridades por ocorrências de violência doméstica, mas desde 2008 não tinha registros de violência contra Gilka.

"É importante o reconhecimento dos sinais de um relacionamento abusivo e a necessidade urgente de denúncias. Vale destacar a prevenção e a conscientização são fundamentais para combater o feminicídio e a violência doméstica", finaliza.

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