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POLÍCIA

Caso Ruy Ferraz Fontes: polícia investiga se licitação de R$ 24 milhões motivou assassinato

Polícia Civil investiga possível relação entre processo de licitação e morte de ex-delegado; cinco suspeitos foram presos e outros dois estão foragidos

11 outubro 2025 - 14h50Redação O Estado de S. Paulo
Delegado Ruy Ferraz Fontes, à época em que era diretor do Denarc.
Delegado Ruy Ferraz Fontes, à época em que era diretor do Denarc. - (Foto: Werther Santana/Estadão)

Polícia Civil de São Paulo investiga um possível vínculo entre uma licitação de R$ 24 milhões, realizada em setembro pela Prefeitura de Praia Grande, e o assassinato do ex-delegado-geral Ruy Ferraz Fontes. A hipótese inicial, revelada pelo portal UOL e confirmada pelo Estadão, sugere que o processo de licitação poderia ter prejudicado uma entidade ligada a criminosos, colocando Ferraz Fontes, então secretário de Administração, no alvo.

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O ex-delegado foi morto a tiros no dia 15, logo após encerrar o expediente na Prefeitura. Até o momento, cinco suspeitos foram presos, dois seguem foragidos e outra pessoa morreu em suposto confronto no Paraná. Apesar de não ser a única linha de investigação, a possível relação entre a licitação e o crime tem ganhado força.

Ferraz Fontes era conhecido por sua atuação contra o PCC. Em 2006, indiciou a cúpula da facção, incluindo Marco Willians Herbas Camacho, o Marcola. Ele também ocupou o cargo de delegado-geral da Polícia Civil de São Paulo entre 2019 e 2022, período em que Marcola foi transferido para um presídio federal.

Como parte das investigações, o subsecretário de Gestão e Tecnologia de Praia Grande, Sandro Rogério Pardini, e outros quatro servidores públicos foram alvo de mandados de busca e apreensão em ao menos oito endereços da Baixada Santista. Pardini teve apreendidos celular, computadores, três pistolas, R$ 50 mil em espécie, mil euros, 10 mil dólares, cartões bancários, registros de armas de fogo e um registro de CAC. Entre o dinheiro, havia bilhetes com nomes de um homem e uma mulher.

A defesa de Pardini afirma que ele "nega veementemente qualquer participação nos fatos" e está à disposição das autoridades para colaborar. Segundo o advogado Octavio Rolim, os bens apreendidos não têm relação com o crime e Pardini foi ouvido como testemunha, mantendo uma vida voltada ao trabalho lícito e à família.

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