
A Justiça Federal de Campo Grande emitiu uma determinação para a transferência de Ronnie Lessa, acusado de assassinar a vereadora Marielle Franco em 2018, de volta para o Rio de Janeiro. O ex-policial militar, preso desde 2019, deve ser removido da penitenciária federal de Campo Grande, onde estava detido, dentro de um prazo máximo de 30 dias.

O prazo de permanência de Lessa na unidade federal expirou em 21 de março. Lessa, identificado como o executor de Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes, participou de um acordo de delação premiada que contribuiu para as investigações, levando à prisão de Domingos e Chiquinho Brazão, bem como do delegado Rivaldo Barbosa, apontados como possíveis mandantes do crime.
A delação de Lessa foi homologada no dia 19 pelo ministro Alexandre de Moraes. Segundo o gabinete do ministro, foram verificados os requisitos de 'regularidade, legalidade, adequação dos benefícios pactuados e dos resultados da colaboração à exigência legal'.
Em sua delação, Lessa apontou ligação do deputado federal Chiquinho Brazão (União Brasil-RJ) com o crime que completou seis anos o último dia 14. A citação motivou o deslocamento do caso do Superior Tribunal de Justiça (STJ) para o Supremo Tribunal Federal (STF). O parlamentar aponta "falta de idoneidade" no relato de Lessa.
Denunciado como executor do crime, Lessa teria citado o conselheiro do Tribunal de Contas do Estado do Rio de Janeiro (TCE) Domingos Inácio Brazão como o autor intelectual dos assassinatos, segundo o site The Intercept Brasil. Com informações da TV Globo.
