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JULGAMENTO

Julgamento da Década: Trio acusado de assassinato de Matheus Coutinho enfrenta a Justiça

Com duração prevista de quatro dias, a sessão conta com um megaesquema de segurança, envolvendo forças policiais estaduais e federais dentro e fora do plenário

17 julho 2023 - 08h38Iury de Oliveira
Plenário do Tribunal do Júri.
Plenário do Tribunal do Júri. - (Foto: Reprodução)

Tem inicio nesta segunda-feira (17), o aguardado julgamento de Jamil Name Filho, Marcelo Rios e Vladenilson Daniel Olmedo, conhecido como 'Vlad', acusados pelo assassinato de Matheus Coutinho. O crime ocorreu em abril de 2019, quando Coutinho foi morto a tiros de fuzil em frente à sua residência. O julgamento está sendo realizado no Tribunal do Júri, em Campo Grande, e é considerado um dos mais importantes do ano.

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Com duração prevista de quatro dias, a sessão conta com um megaesquema de segurança, envolvendo forças policiais estaduais e federais dentro e fora do plenário. A fim de garantir a integridade de todos os envolvidos, o número exato de policiais destinados ao caso não foi divulgado, mas é evidente a preocupação com a segurança diante da gravidade do crime e das possíveis repercussões.

O processo é complexo e possui aproximadamente 15 mil páginas, o que justifica a extensão do julgamento ao longo de quatro dias. A acusação será realizada por três promotores de Justiça: Luciana do Amaral Rabelo, Moisés Casarotto e Gerson Eduardo de Araújo, do Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado). A defesa de Jamil Name Filho tentou adiar o julgamento alegando suspeição em relação ao promotor Gerson, alegando uma suposta inimizade entre eles. No entanto, o pedido foi indeferido pelo juiz Aluízio Pereira.

jamil name filhoJamilzinho Name está preso em Mossoró e estará em Campo Grande para julgamento - Foto: Divulgação

Um dos aspectos que contribuem para a duração do julgamento é a quantidade de testemunhas a serem ouvidas. No total, serão dezesseis pessoas, que irão depor tanto em apoio à acusação quanto à defesa. Esse número reflete a complexidade do caso e a necessidade de esclarecer todos os fatos relacionados ao crime.

Para compor o julgamento, foram sorteados sete jurados, que ficarão hospedados em um hotel reservado pelo Tribunal do Júri. A medida visa garantir a imparcialidade e a segurança dos jurados, uma vez que eles terão um papel fundamental na tomada de decisão sobre a culpabilidade dos réus.

A defesa dos acusados tentou adiar o julgamento em duas ocasiões anteriores. Primeiramente, a solicitação ocorreu em fevereiro deste ano, quando a defesa pediu a realização do júri por videoconferência. Posteriormente, foi apresentado um pedido para que os réus pudessem estar pessoalmente presentes no julgamento, em vez de comparecerem por videoconferência. No entanto, o juiz Aluízio Pereira decidiu que os réus deveriam comparecer a Campo Grande, mesmo estando presos em Mossoró, no Rio Grande do Norte.

Além disso, a defesa de Jamil Name apresentou uma queixa-crime contra o promotor Gerson Eduardo de Araújo, alegando inimizade entre ele e o réu. Os advogados acusaram Gerson de ser um dos mandantes de outros homicídios e argumentaram que sua presença no caso era uma estratégia para influenciar o Tribunal de Justiça. O pedido de afastamento do promotor ou adiamento do julgamento foi indeferido, pois o juiz e o Ministério Público entenderam que se tratava de uma estratégia para adiar o processo.

Em suma, o julgamento do trio acusado pelo assassinato de Matheus Coutinho teve início nesta segunda-feira em Campo Grande. Com um processo complexo e extenso, espera-se que a sessão dure quatro dias, envolvendo um grande aparato policial para garantir a segurança. As acusações serão realizadas por três promotores de Justiça, enquanto dezesseis testemunhas serão ouvidas ao longo do julgamento. A defesa dos réus tentou adiar o processo em diversas ocasiões, mas o pedido foi indeferido pelo juiz, que considerou as solicitações como estratégias para atrasar o julgamento.

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