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JÚRI DA DÉCADA

Julgamento avança com depoimentos contundentes e questionamentos à investigação

Segundo dia de júri popular revela relatos emocionados e acusações entre testemunhas e réus

19 julho 2023 - 07h00Iury de Oliveira
Os réus Jamil Name Filho, Vladenilson Daniel Olmedo e Marcelo Rios
Os réus Jamil Name Filho, Vladenilson Daniel Olmedo e Marcelo Rios - (Foto: Gustavo Pael/A Crítica)

Segundo dia do júri popular da morte do estudante de direito Matheus Coutinho Xavier, de 20 anos, encerra com depoimentos de testemunhas e réus. A audiência ocorreu na terça-feira (18) na 1ª Vara do Tribunal do Júri de Campo Grande e teve início às 8h20, com interrupção para o almoço às 11h15 e retomada às 12h30, encerrando-se às 19h50.

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O juiz Aluízio Pereira dos Santos, da 2ª Vara do Tribunal do Júri de Campo Grande, será o responsável por sentenciar Jamil Name Filho, conhecido como Jamilzinho, Marcelo Rios e Vladenilson Olmedo. Jamilzinho é acusado de ser um dos mandantes do crime, supostamente planejado por Marcelo Rios e Vladenilson Olmedo, ex-guarda civil e policial aposentado, respectivamente. Os três réus estão presos desde setembro de 2019, quando ocorreu a primeira fase da Operação Omertà.

Durante o segundo dia de julgamento, a primeira testemunha a ser ouvida foi o delegado José Paulo Sartori, que fez parte da Força-Tarefa nas investigações da Operação Omertà. Ele afirmou que os laudos apontam que a morte de Matheus ocorreu em uma emboscada e que o crime foi encomendado por Jamil Name e Jamilzinho Filho. Sartori também destacou a presença de um arsenal de armas na casa dos réus, incluindo fuzis do mesmo calibre usado no assassinato de Matheus.

Testemunhas de defesa dos réus também foram ouvidas, incluindo Eliane Benites Batalha dos Santos, ex-esposa de Marcelo Rios, que alegou ter sido coagida pela polícia durante sua prisão. Os depoimentos foram seguidos de interrogatórios dos réus, com destaque para as declarações de Marcelo Rios, que chorou ao negar abusos sexuais contra os filhos e acusou o delegado Fábio Peró de agressões durante sua prisão.

Jamilzinho, por sua vez, tentou desqualificar a investigação e mencionou possíveis inimigos do pai de Matheus, insinuando que qualquer um poderia ter sido responsável pelo crime. Ele também citou a presença de Paulo Roberto Teixeira Xavier, pai de Matheus, em casos relacionados a jogos de azar e envolvimento com um traficante conhecido como "Major Carvalho".

O julgamento continuará nos próximos dias, com a apresentação de mais testemunhas e os debates entre acusação e defesa, até que o juiz Aluízio Pereira dos Santos possa proferir a sentença.

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