As apreensões de drogas em Mato Grosso do Sul (MS) cresceram 30% em 2024, segundo dados da Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública (Sejusp). De janeiro a novembro, o estado interceptou 525.163,6 quilos de entorpecentes, contra 403.540,8 quilos no mesmo período de 2023. A maior parte das apreensões ocorreu no interior do estado (471.060,6 quilos), enquanto a capital, Campo Grande, contabilizou 54.103,0 quilos.
O principal destaque foi a maconha, que representou 499.755,4 quilos do total. A cocaína apareceu em segundo lugar, com 11.623,1 quilos, seguida por outras drogas ilícitas em menor quantidade. A repressão ao tráfico também resultou em 3.759 ocorrências, 6% a mais que as 3.558 registradas em 2023.
Segundo o tenente-coronel Wilmar Fernandes, diretor do Departamento de Operações de Fronteira (DOF), o aumento das apreensões é fruto da integração entre as forças de segurança estaduais e federais, além de colaborações interestaduais no bloco SULMASP, que reúne Mato Grosso do Sul, São Paulo, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul.
“Implementamos o curso de operações de fronteira, com a participação de polícias militares da SULMASP, fortalecendo a cooperação entre as forças policiais”, destacou Fernandes. Parcerias com a Polícia Federal, Receita Federal e Exército Brasileiro, além de outros estados como Goiás, também foram fundamentais para os resultados.
Os investimentos em tecnologia, realizados pelo governo estadual, têm sido outro fator essencial para a eficácia das operações. Novos equipamentos e ferramentas têm proporcionado melhores condições de trabalho às equipes, ampliando a capacidade de monitoramento e combate ao tráfico.
O delegado Hoffman D’Ávila Cândido e Sousa, titular da Delegacia Especializada de Repressão ao Narcotráfico (DENAR), destacou que a atuação em três frentes — prevenção, repressão e incineração de drogas — tem sido determinante para os resultados. Ele também ressaltou a importância do uso de serviços de inteligência aliados ao trabalho de campo, como no fechamento de bocas de fumo em Campo Grande.
“Quando fechamos uma boca de fumo, evitamos crimes contra o patrimônio e contra a vida, trazendo mais tranquilidade para a população”, afirmou o delegado.
A soma de esforços entre instituições, o uso de inteligência, a capacitação das equipes e a aplicação de tecnologia reforçam o combate ao tráfico em Mato Grosso do Sul. Além de reduzir o volume de drogas circulando no estado, essas ações promovem maior segurança para a população e um impacto direto na qualidade de vida dos cidadãos.
