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ATENDIMENTO

Investigação busca melhorias no atendimento às vítimas de violência na DEAM da Capital

Ação irá garantir mais eficiência e respeito no atendimento às mulheres vítimas de violência doméstica de Campo Grande

2 setembro 2025 - 15h30Carlos Guilherme
Iniciativa busca aprimorar o atendimento e garantir mais agilidade e respeito no processo de apuração de casos de violência doméstica
Iniciativa busca aprimorar o atendimento e garantir mais agilidade e respeito no processo de apuração de casos de violência doméstica - (Foto: Divulgação)

Foi aberto um inquérito civil para investigar problemas estruturais e operacionais na 1ª Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher (Deam) de Campo Grande. O objetivo é garantir que o atendimento às mulheres vítimas de violência seja feito de forma rápida, eficiente e com respeito aos direitos humanos.

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As investigações do Ministério Público de MS (MPMS) começaram após diversas denúncias de insatisfação por parte das vítimas de violência. Elas apontaram falhas graves, como o acúmulo de boletins de ocorrência sem o devido seguimento e o não cumprimento das obrigações legais nas investigações.

Em uma visita à Deam, o Grupo de Atuação Especial de Controle Externo da Atividade Policial (Gacep) do MPMS constatou que mais de 6 mil boletins de ocorrência estavam sem a devida apuração. Apesar de uma intervenção para reduzir o passivo, outro acúmulo de 1.366 registros foi encontrado poucos meses depois.

Além do represamento de registros, o MPMS investiga a falta de diligência nas apurações, especialmente em casos que envolvem grupos vulneráveis, como mulheres em situação de violência. A Defensoria Pública e o Núcleo de Enfrentamento à Violência Doméstica (Nevid) têm denunciado o mau atendimento e a recusa em anexar provas nas investigações.

O Ministério Público aguarda um ano para concluir a investigação, podendo prorrogar o prazo caso necessário. Durante esse período, o MPMS pode emitir recomendações ou até ajuizar ações civis públicas para corrigir as falhas encontradas. O órgão ressalta a importância de alinhar a atuação da Polícia Civil às políticas públicas voltadas para a proteção dos direitos das mulheres e a prevenção da violência de gênero.

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