
As investigações sobre os casos de intoxicação por metanol seguem em andamento em diferentes estados do País. De acordo com o Ministério da Saúde, até a noite de quarta-feira (1º) foram contabilizados 43 casos suspeitos: 39 em São Paulo, dos quais 10 confirmados, e quatro em Pernambuco.

Até o momento, foi registrado um óbito em São Paulo, enquanto outros sete estão em investigação — cinco no próprio estado e dois em Pernambuco. Quatro ocorrências foram descartadas.
Fiscalização da Polícia Federal
Nesta quinta-feira (2), a Polícia Federal realizou fiscalizações em indústrias de bebidas nas regiões de Sorocaba e Grande São Paulo, suspeitas de comercializar produtos adulterados com metanol.
As amostras coletadas foram encaminhadas ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) e a laboratórios especializados. O objetivo é verificar se houve uso de substâncias proibidas ou em quantidades acima do permitido, além de identificar a autoria e a extensão das irregularidades.
Distribuição pode ter alcance nacional
Apesar da maioria dos casos estar concentrada em São Paulo, Pernambuco também investiga três ocorrências. O ministro da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Lewandowski, pediu a abertura de inquérito após indícios de que bebidas contaminadas possam ter sido distribuídas para outros estados.
Foco em bares e estabelecimentos
Seis bares da Grande São Paulo foram interditados pela Vigilância Sanitária sob suspeita de vender bebidas falsificadas. Entre os alvos estão:
Bar Ministrão (Jardins, zona oeste de SP): frequentado por uma das vítimas que perdeu a visão após consumo. O estabelecimento nega ter vendido produtos adulterados.
Bar Torres (Mooca, zona leste): declarou que colabora com a investigação e que todos os produtos são adquiridos de distribuidores oficiais.
Villa Jardim (São Bernardo do Campo): também interditado, afirmou que só compra bebidas de fornecedores regulares, com notas fiscais.
O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, anunciou que os estabelecimentos suspeitos serão interditados como medida cautelar até a conclusão das investigações.
Próximos passos
Segundo o secretário nacional do Consumidor, Paulo Pereira, ainda é preciso esclarecer em que momento ocorreu a adulteração das bebidas e identificar os fornecedores envolvidos. “As autoridades buscam identificar fornecedores e pessoas que tenham manipulado os produtos”, explicou.
