
O caso de agressão ocorrido no último sábado, 26, em um prédio de Natal, no Rio Grande do Norte, deixou a cidade em choque. Igor Cabral foi preso em flagrante por tentativa de feminicídio após agredir brutalmente sua namorada dentro de um elevador. De acordo com informações da Delegacia Especializada em Atendimento à Mulher (Deam), o ataque foi desencadeado por ciúmes do agressor, que viu mensagens no celular da vítima durante uma confraternização.

Cabral, estudante e ex-jogador de basquete, teria ficado irritado ao visualizar as mensagens no celular da namorada durante um churrasco com amigos. A delegada Victória Lisboa, responsável pela investigação, explicou que, após o pedido de Cabral para ver o aparelho da companheira, ele ficou enciumado com o conteúdo das mensagens, que, segundo a vítima, não tinham nada de mais. O agressor, então, se dirigiu até o apartamento da vítima para pegar seus pertences e, após uma breve discussão, as agressões começaram.
Agressões no elevador
Segundo a delegada, a vítima decidiu ficar dentro do elevador para se resguardar, já que temia por sua segurança. Foi dentro do elevador que Igor Cabral, em um momento de total agressividade, avançou contra ela e desferiu mais de 60 socos em seu rosto. As imagens das câmeras de segurança flagraram as agressões. Cabral continuou a bater na mulher mesmo depois de ela cair ao chão, sendo contido apenas pela intervenção de moradores do prédio, que chamaram a polícia.
Após a agressão, a vítima foi levada ao hospital e precisará passar por uma cirurgia de reparação facial devido aos danos causados pelos socos.
Defesa e alegações do agressor
Igor Cabral alegou, durante a investigação, que o ataque foi provocado por um "surto claustrofóbico" e que, antes de agredi-la, ele teria descoberto uma traição da parte da namorada. No entanto, a versão apresentada por Cabral não convenceu as autoridades. O caso está sendo tratado como tentativa de feminicídio, e a prisão dele foi convertida em preventiva após a audiência de custódia.
Histórico de violência
A delegada Victória Lisboa revelou que, em depoimento, a vítima relatou outras agressões anteriores de Igor Cabral, como empurrões, e afirmou que ele teria até incentivado a mulher a tirar a própria vida em momentos de crise emocional. Surpreendentemente, não havia medidas de proteção contra Cabral, apesar do histórico de violência.
Investigação
A polícia segue investigando o caso e promete continuar a apuração dos antecedentes de violência no relacionamento. O agressor permanece preso, aguardando o andamento dos trâmites legais. O caso de Igor Cabral coloca em evidência a importância de medidas protetivas para vítimas de violência doméstica, especialmente quando há relatos prévios de agressões.
