
Na manhã desta sexta-feira (10 de outubro), policiais da Delegacia Especializada em Repressão a Roubos e Furtos (DERF) de Campo Grande encerraram uma investigação com um desfecho digno de roteiro de comédia — mas que terminou em boletim de ocorrência.

Tudo começou quando um homem de 31 anos procurou a delegacia para registrar um sequestro. Contou que foi atraído até o bairro Los Angeles com a promessa de reencontrar sua moto furtada. Lá, teria sido abordado por três homens, encapuzado com um saco preto na cabeça, ameaçado e levado até uma estrada deserta. No fim da história, os supostos criminosos desapareceram, junto com a motocicleta.
A história tinha detalhes. Tinha drama. Mas não tinha verdade. - Desconfiada, a equipe da DERF fez diligências e o chamou para uma nova conversa. Diante das perguntas, o homem desabou. Confessou que havia inventado tudo. A moto não estava envolvida, e os bandidos nunca existiram. O motivo? Ele passou a noite em um bar e, com medo da bronca da esposa, achou melhor criar um sequestro do que contar a verdade.
A sinceridade tardia, no entanto, trouxe consequências. A Polícia Civil abriu um procedimento contra ele por falsa comunicação de crime, um delito previsto no artigo 340 do Código Penal. A pena pode chegar a seis meses de prisão ou multa.
A Polícia ainda aproveitou o caso para fazer um alerta: mentir sobre crimes atrapalha investigações reais e desperdiça recursos públicos. E, como mostrado, não resolve os problemas em casa.
