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CRIME

Homem invade escola, quatro casas e agride cachorro durante fuga em bairro de Campo Grande

Moradores ajudaram a polícia na captura do suspeito, que deixou rastro de destruição em série de invasões em menos de uma hora

23 março 2025 - 10h10Iury de Oliveira
Rua Sebastião Taveira, no Bairro Monte Castelo, onde o ladrão invadiu casas e causou terrer aos moradores
Rua Sebastião Taveira, no Bairro Monte Castelo, onde o ladrão invadiu casas e causou terrer aos moradores - (Foto: reprodução / Google)
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Em um episódio de violência e destruição que durou cerca de 40 minutos, um homem foi preso em flagrante após invadir uma escola, arrombar quatro residências e ferir um cachorro, no fim da tarde deste sábado (22), no bairro Monte Castelo, em Campo Grande (MS). O caso ocorreu na Rua Sebastião Taveira e mobilizou diversas viaturas da Polícia Militar.

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Segundo o boletim de ocorrência, o suspeito, identificado como Djonatan Maikon Ramos da Cruz, de 37 anos, foi inicialmente flagrado dentro do colégio onde teria arrancado câmeras de segurança, escalado estruturas, arrombado portas de salas de aula e danificado a cerca elétrica. Antes de ser capturado, Djonatan ainda fugiu por uma das janelas do prédio.

Fuga cinematográfica por residências vizinhas - Após a fuga da escola, a Polícia Militar recebeu uma sequência de chamados pelo número 190 informando que o homem havia invadido casas da vizinhança. Em uma das residências, ele estourou a porta dos fundos e, ao perceber a presença policial, seguiu correndo entre os imóveis.

Durante a fuga, ele invadiu pelo menos mais três casas. Em uma delas, causou diversos danos, como o para-brisa quebrado de um carro modelo Nissan Kicks, destruição da cerca elétrica, furto de um controle remoto, além de arrancar uma televisão de 75 polegadas e a cortina da sala. Deixou ainda marcas de sangue por vários cômodos e agrediu o cachorro da raça buldogue pertencente à família moradora da residência.

Captura com ajuda da população - A prisão só foi possível graças à mobilização dos moradores, que auxiliaram os policiais com informações e imagens de câmeras de segurança. Djonatan foi encontrado escondido na sacada de um imóvel, poucas quadras distante da escola. No momento da abordagem, ele reagiu com socos e pontapés, mas acabou contido e preso.

As autoridades descobriram que o suspeito já havia separado diversos objetos para furtar. Entre os itens estavam cerca de 80 metros de fios elétricos, lâmpadas, marteletes, torneiras, câmeras de segurança, caixas de som, anel de vedação, lixeira e outras ferramentas.

Vítimas e imagens serão fundamentais nas investigações - De acordo com a Polícia Militar, as imagens captadas pelas câmeras das residências serão fundamentais para embasar a investigação conduzida pela Polícia Civil. Os moradores também deverão prestar depoimento nos próximos dias.

O cachorro agredido durante a fuga foi socorrido pela própria família e passa bem, embora tenha sofrido ferimentos leves.

O caso foi registrado na Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário (Depac) Centro. Djonatan responderá por furto qualificado, violação de domicílio, maus-tratos contra animal e resistência à prisão.

Insegurança assusta moradores do Monte Castelo - Após o episódio, o clima entre os moradores da Rua Sebastião Taveira é de tensão e revolta. Muitos relatam que nunca haviam presenciado um episódio de tamanha violência e que pretendem reforçar a segurança dos imóveis.

“Ele parecia desesperado, invadia casa por casa, danificava tudo. A gente ficou com medo, mas conseguimos ajudar a polícia com as câmeras”, contou um dos moradores, que preferiu não se identificar.

O colégio invadido também sofreu diversos danos materiais e deverá passar por reparos nos próximos dias. A direção da instituição ainda avalia se as aulas serão suspensas temporariamente.

Reincidência e investigação em andamento - A polícia investiga agora se Djonatan Maikon Ramos da Cruz possui histórico criminal e se está envolvido em outros furtos na região. O material apreendido e as imagens das câmeras de segurança serão analisadas nos próximos dias para avaliar o grau de planejamento e possíveis comparsas.

Apesar da prisão em flagrante, a comunidade cobra maior presença policial no bairro, especialmente em horários de menor movimentação.

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