
O Grupo de Ações Táticas Especiais (GATE), força de elite da Polícia Militar de São Paulo, foi responsável pelo resgate de um caminhoneiro sequestrado e amarrado com supostas bombas nesta quarta-feira (12), no Rodoanel Mário Covas, em Itapecerica da Serra, na Grande São Paulo.
A ocorrência foi classificada como de “alta criticidade” pela Agência de Transportes do Estado (Artesp), devido ao risco de explosão em uma das rodovias mais movimentadas do país.
Segundo um oficial da PM, o lema do grupo resume sua missão:
“Tem bomba, tem alto risco, chama o GATE.”
Especialistas em crises e explosivos - Criado em 1988, o GATE é acionado em operações de alto risco, como resgate de reféns, negociações de crise, ações antiterroristas e desarmamento de bombas. A unidade é composta por policiais altamente treinados em negociação, identificação e neutralização de artefatos explosivos, além de contar com snipers (atiradores de elite) para situações em que as negociações falham.
Alguns dos explosivistas da equipe possuem formação internacional, com cursos de especialização em centros de segurança e antiterrorismo fora do Brasil.
Desde sua fundação, o GATE já participou de cerca de 800 operações de alto risco, incluindo sequestros, ataques a bancos, ações com explosivos e ameaças terroristas. Segundo a corporação, é uma das unidades táticas mais atuantes do mundo, ficando atrás apenas do FBI (Federal Bureau of Investigation) dos Estados Unidos em número de ocorrências críticas atendidas.
Além das ações de campo, os especialistas do grupo também ministram cursos e treinamentos para outras forças policiais sobre gerenciamento de crises, negociação e operações antibombas.
Estrutura e atuação - O GATE integra o 4º Batalhão de Polícia de Choque (Batalhão de Operações Especiais) e está subordinado ao Comando de Policiamento de Choque da PM paulista.
A estrutura operacional é dividida em quatro frentes:
Unidade de Intervenções Táticas
Equipe de Snipers
Equipe de Negociação
Esquadrão Antibombas
Com essa formação, o grupo está preparado para intervir em qualquer situação de crise que envolva risco extremo à vida ou ameaça de explosão.

