
Na noite de ontem (26), Hugo Abel Heyn, 54, foi morto a facadas em Campo Grande, no bairro Parque Residencial Maria Aparecida Pedrossian. O principal suspeito do crime é o próprio filho da vítima, de 27 anos, que teria agido durante um episódio de surto psicótico, segundo relato de familiares à polícia. Ele está foragido.

O crime foi registrado como homicídio qualificado por motivo fútil e está sendo investigado pela Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário (Depac-Cepol). De acordo com a Polícia Civil, o caso chegou ao conhecimento dos agentes por volta das 0h20 desta sexta-feira (27), e o local foi isolado por equipes do Tático da Polícia Militar, que prestavam apoio no atendimento.
De acordo com a investigação preliminar, a mãe do suspeito, estava na residência no momento do ataque e presenciou toda a cena. Ela contou que o filho estava irritado, aparentando estar em surto, e que chegou a ameaçar os pais momentos antes do crime.
Em determinado momento, o rapaz teria questionado o pai: “E você, o que está olhando? Eu ainda vou fazer pedacinhos de você.” Segundo o depoimento, a vítima estava deitada na cama e riu da ameaça, o que teria provocado ainda mais agressividade no autor. Ele reagiu com outra frase: “Tá duvidando? Vou fazer agora!”
Conforme o relato da mãe, ela ainda tentou impedir o ataque ao trancar a porta do quarto, mas o filho arrombou a entrada, pulou sobre o pai com uma faca e passou a desferir diversos golpes no tórax e nos braços da vítima. Já caído, Hugo ainda foi agredido com chutes na cabeça.
Busca por socorro - A mulher conseguiu fugir da casa e pedir ajuda a familiares próximos. Quando retornou ao local, o marido já estava desacordado no chão e o filho havia fugido. O Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) foi acionado, chegou a prestar os primeiros socorros, mas ele não resistiu aos ferimentos.
Equipes do Tático da PM realizaram buscas pela região, mas até o momento o suspeito não foi localizado.
O caso segue sob apuração da Polícia Civil. O histórico de esquizofrenia do autor, mencionado pela família, será considerado na investigação, que também deve avaliar se ele fazia algum tipo de tratamento médico ou acompanhamento psiquiátrico. A polícia ainda busca informações que ajudem na captura do suspeito.
