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29 de outubro de 2025 - 15h12
RIO DE JANEIRO

Famílias aguardam liberação de corpos após megaoperação no Rio

Parentes se cadastram no IML para reconhecer corpos de vítimas da ação policial que já soma mais de 130 mortes no Complexo da Penha

29 outubro 2025 - 11h05Agência Brasil
Corpos de vítimas da Operação Contenção são reunidos por moradores na Praça São Lucas, zona norte do Rio, antes de serem levados ao IML.
Corpos de vítimas da Operação Contenção são reunidos por moradores na Praça São Lucas, zona norte do Rio, antes de serem levados ao IML. - Foto: Tomaz Silva/Agência Brasil

Famílias de vítimas da Operação Contenção voltaram ao Instituto Médico Legal (IML), no centro do Rio de Janeiro, nesta quarta-feira (29), para realizar o reconhecimento de corpos. O procedimento ocorre com apoio do Detran-RJ, que instalou um ponto de cadastramento ao lado do necrotério.

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De acordo com o balanço estadual divulgado na terça-feira (28), 64 mortes haviam sido confirmadas oficialmente. Durante a madrugada, entretanto, moradores relataram o resgate de mais 70 corpos em áreas de mata no Complexo da Penha, uma das regiões atingidas pela ação das polícias Civil e Militar contra o Comando Vermelho.

Os corpos, muitos com sinais de execução, como tiros na testa e decapitações, foram inicialmente reunidos na Praça São Lucas, dentro do complexo, antes de serem encaminhados ao IML. Até o início da tarde, não havia previsão para liberação das vítimas, e familiares permaneciam no local à espera de informações.

Um familiar ouvido pela reportagem, que preferiu não se identificar, criticou a forma como os corpos foram deixados. “Eles largaram o corpo lá, pelado. Nem animal se trata assim, não importa o que a pessoa fez. Fizeram a bagunça que fizeram e largaram lá de qualquer jeito”, relatou.

O homem, que viajou de Cabo Frio, na Região dos Lagos, afirmou ter encontrado o corpo de um parente em condições degradantes. “É muito difícil encontrar a pessoa que a gente ama desse jeito”, desabafou.

Outra mulher, identificada como Carol Malícia, de 24 anos, contou que veio de Arraial do Cabo para reconhecer o pai de sua filha, Vitor, morto durante a operação.

“Ele disse que estava encurralado e não sabia se ia suportar por muito tempo. Depois disso, não respondeu mais. Quando soube, ele já estava morto, com tiros na perna e no pé”, relatou emocionada.

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