
Dois homens foram presos em Campo Grande depois de aplicarem um golpe em uma rede de farmácias, se passando por médicos para comprar o medicamento Ozempic, usado no tratamento de diabetes tipo 2. O golpe deu prejuízo de R$ 441 mil. Os suspeitos usaram nomes de médicos de Goiânia e do Distrito Federal para fazer as compras e retirar dezenas de caixas do remédio. As compras eram pagas por links de cartão de crédito, mas os pagamentos foram cancelados depois que os verdadeiros donos dos cartões contestaram as transações.

O início do golpe - Tudo começou no dia 16 de setembro, quando um dos golpistas ligou para a farmácia, fingindo ser um médico de Goiânia, e pediu 20 caixas de Ozempic. No mesmo dia, ele ligou de novo e pediu mais 7 caixas. Nos dias seguintes, as encomendas continuaram, com pedidos cada vez maiores. No total, o criminoso comprou mais de 221 caixas de Ozempic. O outro golpista também se passou por médico e ligou da capital federal, pedindo mais caixas do remédio. A farmácia só percebeu o golpe quando o banco cancelou os pagamentos no dia 29 de setembro.
Investigação e prisão dos suspeitos - Com a descoberta do golpe, a Polícia Civil começou a investigar e encontrou os dois suspeitos. Ed Marcos Lopes Gabilanes, de 41 anos, foi preso enquanto trabalhava como pedreiro em uma obra no bairro Carandá Bosque, onde ele recebia as encomendas. Já Leonan Simões da Silva, de 29 anos, foi preso no local onde trabalhava como instalador de ar-condicionado.
Ed Marcos confessou que recebia as mercadorias, dizia que seu amigo Leonan havia o envolvido no esquema, e que ele ganhava R$ 100 para guardar e entregar as encomendas. Já Leonan afirmou que fazia entregas das caixas e recebia por cada uma delas, mas disse que não sabia que se tratava de um golpe.
Além do crime de estelionato, os dois foram indiciados por tráfico de drogas, pois, durante a investigação, a polícia encontrou indícios de envolvimento com drogas na casa de Leonan.
Audiência de custódia - Os dois presos passarão por audiência de custódia, onde o juiz decidirá se eles continuarão presos enquanto o caso é investigado. Eles responderão por crimes de estelionato, associação criminosa e tráfico de drogas.
