Policiais prenderam sete suspeitos envolvidos na execução de uma mulher de 40 anos, ocorrida no último sábado (26), em Coxim, a 250 km de Campo Grande. O crime foi encomendado por uma facção criminosa que atua de forma organizada na região.
A vítima já havia sofrido uma tentativa de homicídio em janeiro, na mesma rua onde foi morta. Na época, dois homens em uma moto atiraram contra ela e outro homem, que foi assassinado meses depois, em junho, de forma semelhante.
No local do crime mais recente, a perícia encontrou cápsulas de munição 9mm, mesmas usadas em outras execuções atribuídas à facção. Com base nas provas, a polícia confirmou que a morte foi planejada e que a vítima era alvo do grupo.
Facção criminosa é alvo de operação após assassinato em Coxim; sete suspeitos foram presos.
Durante a investigação, a polícia descobriu a casa onde os suspeitos se reuniam para organizar os crimes. Quatro pessoas foram presas nesse local. Elas são acusadas de planejar o assassinato e de fazer parte da organização criminosa.
Os dois homens que executaram a vítima vieram da cidade de Rio Verde de Mato Grosso. Eles foram localizados após a polícia encontrar a moto usada no crime e presos em seguida. Todos foram levados para a Delegacia de Coxim, onde foi feito o registro das prisões.
Divisão de funções dentro da facção - Segundo a polícia, o grupo agia de forma coordenada. Cada integrante tinha uma função específica: um fornecia a arma e o veículo, outro organizava a logística, havia quem executasse e também quem cuidasse da fuga e da destruição de provas.
Segundo a polícia, o grupo agia de forma coordenada
Entre os presos, está o responsável pela casa usada como base. Ele tinha papel de comando dentro da facção e autorizava os crimes. Outro suspeito ajudou a esconder a arma usada no assassinato, enquanto um jovem de 18 anos ficou encarregado de buscar a moto abandonada após a fuga.
A polícia também recuperou o celular da vítima, que havia sumido, além dos aparelhos dos suspeitos. Os investigadores acreditam que esses materiais podem trazer novas informações sobre a facção e outros crimes.
O grupo preso faz parte de uma organização com presença em várias cidades do Estado. A investigação mostrou que eles seguem uma estrutura típica de facções criminosas, com divisão de tarefas, uso de armas, planejamento e regras internas.
Nos últimos anos, diversos assassinatos com o mesmo padrão de execução foram registrados na região. A polícia acredita que todos esses crimes estão ligados à disputa por território entre facções.
A investigação continua para encontrar a arma do crime, identificar outros envolvidos e esclarecer outros homicídios cometidos pelo mesmo grupo.
