
Mais de nove anos após ser condenada por peculato, a ex-escrivã da Polícia Civil de Mato Grosso do Sul, Vasti Correa de Oliveira Ortolan, de 60 anos, foi presa e começou a cumprir pena. Ela foi localizada no dia 8 de julho, na cidade de Campinas (SP), e está detida no Centro de Ressocialização de Rio Claro.

Vasti foi condenada por desviar valores de fianças enquanto atuava em plantões na Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário (Depac) de Campo Grande, entre novembro de 2006 e junho de 2007. De acordo com a sentença, ela deixou de repassar ao Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul ao menos R$ 3.350,00, referentes a oito fianças recebidas em dinheiro.
O caso envolveu também o escrivão Welligton Aparecido Franco Barbosa, acusado de não depositar pelo menos seis fianças, com valores entre R$ 300 e R$ 700. Ambos foram julgados por peculato, crime praticado por servidor público contra a administração.
Em suas defesas, os dois negaram ter cometido os desvios. Welligton alegou negligência no cumprimento do prazo para depósito. Vasti afirmou ter feito os repasses, mas culpou falhas no sistema de registros do Tribunal de Justiça.
A condenação foi proferida em março de 2016, pelo então juiz Wilson Leite Corrêa, da 4ª Vara Criminal de Campo Grande. Vasti recebeu pena de 5 anos e 20 dias, em regime semiaberto, enquanto Welligton foi condenado a 7 anos e 5 meses de prisão, mas permanece em liberdade até o momento.
A defesa de Vasti chegou a solicitar prisão domiciliar, citando idade, comorbidades e o fato de ela ser ex-policial, o que dificultaria a convivência com outras presas. No entanto, o pedido foi negado pela Justiça. Ela foi exonerada da Polícia Civil também em março de 2016.
