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ATAQUE DE ONÇA

Equipe é surpreendida por onça durante resgate no Pantanal

Policiais militares ambientais foram surpreendidos pelo felino durante retirada do corpo da vítima, morto às margens do rio Miranda

22 abril 2025 - 16h33Ricardo Eugenio
Equipes na região do Pantanal, durante buscas.  Foto: Reprodução
Equipes na região do Pantanal, durante buscas. Foto: Reprodução

Na margem do rio Miranda, silêncio e pegadas. Algumas de bicho, outras de gente. Nesta terça-feira, (22 de abril), quando policiais militares ambientais de Mato Grosso do Sul se enfiaram na mata para procurar os restos mortais de Jorge Avalo, 60 anos, caseiro de uma fazenda na região.

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Ele havia sumido no dia anterior. O que já era trágico, ganhou contornos de tensão quando a equipe de resgate foi surpreendida por uma onça durante o trabalho. A cena foi registrada em vídeo:

“A onça atacou a gente aqui. Como não tem como esperar a perícia, vamos ter que retirar o corpo daqui”, disse um dos policiais, com a voz entre o alívio e o susto.

Outro completa: “Achei que com os tiros ela iria largar e correr. Que perigo.”

O corpo de Jorge foi achado em partes. Primeiro, restos humanos junto a pegadas do animal na beira do rio. No dia seguinte, outros pedaços estavam escondidos em uma toca no meio da mata, a uns 300 metros do ponto do ataque.

A equipe recolheu o que pôde e levou ao Núcleo Regional de Medicina Legal de Aquidauana. A funerária foi chamada.

Dias antes de tudo isso, Jorge já andava desconfiado. Em um vídeo, filmado por um colega e publicado nas redes, os dois passeiam pela área da fazenda. Mostram rastros na terra. Brincam com o perigo.

“Vou mandar pro Dão. A onça vai comer o Jorge, Dão!”, diz o homem.

“Não vai comer não!”, responde Jorge, rindo.

O vídeo virou premonição. A morte de Jorge acendeu um sinal amarelo sobre a convivência entre humanos e onças no Pantanal. O bioma, conhecido pela exuberância da fauna, também carrega uma tensão invisível entre fazendas, matas e rios. E o caso, agora, é exemplo do que acontece quando o limite entre natureza e presença humana se dissolve.

A PMA segue monitorando a região e pede que moradores evitem circular sozinhos em áreas de mata fechada.

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