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TRÁFICO DE DROGAS

Dono de funilaria é preso por tráfico; polícia investiga rota da droga na fronteira

Investigação começou após a apreensão de cinco toneladas de maconha; suspeitos foram presos em Dourados e Campo Grande

11 março 2025 - 13h05Da redação
Dono de oficina em Dourados é preso por suspeita de envolvimento com o tráfico. Polícia já havia apreendido 5 toneladas de maconha no local.
Dono de oficina em Dourados é preso por suspeita de envolvimento com o tráfico. Polícia já havia apreendido 5 toneladas de maconha no local. - (Foto: Divulgação)

A oficina mecânica, do lado de fora, parecia comum: carros entrando e saindo, funcionários mexendo em latarias, cheiro de tinta automotiva no ar. Mas, segundo a Polícia Civil de Mato Grosso do Sul, por trás dos consertos de para-choque, havia um outro serviço sendo prestado. Cinco toneladas de maconha passaram pelo local antes de serem apreendidas, e a oficina virou alvo de uma operação policial.

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Nesta terça-feira (11), Maurício Vieira de Carvalho, o “Alemão”, dono da oficina, foi preso em Dourados. Outro suspeito, responsável pela logística da droga, foi capturado em Campo Grande. A polícia acredita que os dois faziam parte de um esquema de tráfico de drogas que operava entre Mato Grosso do Sul e Paraguai, armazenando grandes carregamentos e enviando-os para outros estados.

A investigação, conduzida pelo Setor de Investigações Gerais (SIG) da Polícia Civil, já durava meses. Em dezembro de 2024, os agentes encontraram cinco toneladas de maconha escondidas na oficina. Na época, ninguém foi preso. Mas os policiais seguiram monitorando os envolvidos e, agora, cumpriram os mandados de prisão.

A droga e o caminho do tráfico - De acordo com o delegado Erasmo Cubas, que lidera o caso, a droga entrava no Brasil em grandes carregamentos vindos do Paraguai. Depois, era separada em porções menores e enviada para estados como São Paulo e Santa Catarina.

“A oficina prestava serviço para esse grupo criminoso. O proprietário já tinha sido preso antes, mas continuava operando”, explicou o delegado.

O segundo suspeito, preso em Campo Grande, seria o responsável por coordenar a distribuição. Ele havia se mudado recentemente para a capital após ser acusado de violência doméstica. A polícia descobriu seu paradeiro e cumpriu o mandado de prisão.

Mais mandados e suspeitos na mira - Além das prisões, a operação também teve mandados de busca em lojas de veículos, cujos donos são investigados por envolvimento com a organização criminosa. A polícia suspeita que esses estabelecimentos possam ter sido usados para movimentar dinheiro do tráfico.

Durante as buscas, um terceiro homem, que também não teve o nome divulgado, foi preso em flagrante por posse de munições.

O tráfico na fronteira e a disputa pelo controle - A prisão de Alemão e seus parceiros levanta uma questão maior: como Dourados, a 120 km do Paraguai, se tornou um dos principais pontos do tráfico de drogas no Brasil.

Com localização estratégica e muitas estradas vicinais, a cidade tem sido palco de operações frequentes contra grupos que transportam drogas da fronteira para o restante do país. O tráfico ali não é operado por um único grupo, mas por várias facções disputando território – o que gera apreensões milionárias, prisões constantes e, muitas vezes, violência.

A investigação segue, e a polícia agora busca outros envolvidos na organização. Se a oficina de Alemão parecia uma empresa qualquer, as provas reunidas até agora indicam que os negócios iam muito além da funilaria.

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