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NACIONAL

Sangue no carro pode ajudar a esclarecer morte de empresário achado em obra em autódromo

Corpo de Adalberto dos Santos Júnior foi localizado quatro dias após o desaparecimento; causa provável da morte é asfixia por compressão

9 junho 2025 - 11h35José Maria Tomazela
Empresário Adalberto dos Santos Júnior desapareceu após evento em Interlagos e foi encontrado morto quatro dias depois
Empresário Adalberto dos Santos Júnior desapareceu após evento em Interlagos e foi encontrado morto quatro dias depois - (Foto: Reprodução)

Peritos da Polícia Civil de São Paulo encontraram manchas de sangue no carro do empresário Adalberto Amarilio dos Santos Júnior, de 35 anos, encontrado morto no último dia 3 dentro de um buraco de uma obra no Autódromo de Interlagos, na zona sul da capital paulista. O material biológico pode ser decisivo para a investigação.

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A descoberta ocorreu após nova perícia detalhada no veículo, solicitada pelo Departamento Estadual de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP). Segundo a Secretaria da Segurança Pública (SSP-SP), vestígios de sangue humano foram localizados em quatro pontos do carro: bancos, uma das portas e no assoalho.

Amostras colhidas serão comparadas ao perfil genético da vítima. A confirmação pode ajudar a reconstituir os momentos anteriores à morte de Adalberto, que desapareceu no dia 30 de maio após participar de um evento no próprio autódromo.

Adalberto foi visto pela última vez à noite, ao deixar o evento automobilístico. Em uma mensagem enviada por celular, ele informou à esposa que pegaria o carro no estacionamento. A comunicação, feita por volta das 20h30, foi a última. Ao notar que o marido não retornou para casa, ela acionou a polícia.

Buraco de obra foi onde o corpo foi encontrado - Quatro dias depois, o corpo do empresário foi achado em um buraco de três metros de profundidade por 45 centímetros de largura, usado para fundações de uma obra no autódromo. O espaço estava isolado com cercas e tapumes. Adalberto foi encontrado sem a calça jeans e sem o par de tênis que usava no dia do desaparecimento. Capacete, carteira e celular estavam no local.

Uma calça parecida foi localizada nas proximidades, mas não foi reconhecida pela esposa como sendo dele.

O Instituto Médico Legal (IML) descartou ferimentos ou fraturas externas. A causa apontada pelos legistas foi asfixia por compressão torácica, provocada pela limitação de espaço no buraco. Exames toxicológicos também foram solicitados, além da análise de material sob as unhas da vítima, o que pode indicar resistência ou luta.

Até o momento, os laudos não foram concluídos. Em nota, a SSP informou que a polícia continua colhendo depoimentos e aguarda os exames finais para esclarecer o caso.

Adalberto dos Santos Júnior era dono de uma rede de óticas e costumava participar de atividades beneficentes com amigos em kartódromos, arrecadando alimentos, roupas e brinquedos para instituições. Nas redes sociais, compartilhava registros das corridas e troféus conquistados.

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