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Ocorre nesta terça-feira (18), o segundo dia de julgamento da Operação Omertà. Os réus Jamil Name Filho, Vladenilson Daniel Olmedo e Marcelo Rios enfrentaram acusações de formação de organização criminosa e milícia armada para pistolagem e de mandar matar Matheus Xavier Coutinho, em 2019.

O estudante Matheus foi morto por engano, o alvo era seu pai, policial militar aposentado Paulo Xavier, que já prestou serviços para a família Name
A primeira testemunha do dia foi o delegado João Paulo Natali Sartori, que trouxe detalhes da investigação do grupo cerimonioso.
Durante seu depoimento, o delegado afirmou que o pai de Matheus, Paulo Xavier reconheceu um dos envolvidos no caso em um carro que rondava a casa.
“Paulo Xavier disse que em dado momento dias antes da execução do Mateus, ou mesmo semanas antes ou na mesma semana de execução do Mateus, ele viu um veículo GM Onix branco parado próximo a sua residência e ele reconhece a pessoa que ocupava o banco, não sei se do carona ou do condutor. Como sendo o José Moreira Freires, o Zezinho.” explica.
O delegado diz ainda que uma das depoentes com quem conversou disse que Vladenilson teria perguntado para ela sobre Paulo Xavier, pouco tempo antes da morte de Matheus.
Sartori é o último a compor as testemunhas de acusação. Próximos depoimentos serão das testemunhas de defesa dos réus. A primeira testemunha de defesa é o advogado Silvano Gomes Oliva, que prestou serviços à família Name entre 2004 a 2017.
Ele não quis falar muito por medo de prejudicar outros clientes, mas falou sobre a sua relação com Jamil Name Filho. “Depois de 2014, mais ou menos, o Jamil Name Filho começou a ter problema no relacionamento dele com a esposa e isso abalou. E a partir começou a tratar mal vezes. A gente presenciava tratar mal empregado e acabou que com a gente também, nós começamos ter algumas desavenças na prestação de serviço e culminou com encerramento dos serviços no inicio de 2017”, esclareceu.
Para Paulo Xavier a defesa tenta desviar o foco do julgamento, pois não tem como justificar o ocorrido. “Estão jogando fumaça para tirar o foco, não tem nada a ver o que estão colocando. Mataram um inocente e eles tem de responder por isso, e como eles não tem como justificar esse homicídio contra o meu filho e estão fazendo ilações para desviar o foco”, concluiu.
O julgamento iniciado na ultima segunda-feira (17) tem previsão de durar até a próxima quinta-feira.
