
Está previsto para 17h15 desta terça-feira (1º) o pouso do avião que traz ao Brasil o corpo da turista Juliana Marins, que morreu após cair na cratera do vulcão Rinjani, na ilha de Lombok, na Indonésia. A aeronave da Emirates desembarca no Terminal 3 do Aeroporto Internacional de Guarulhos, em São Paulo.

Logo após a chegada, será realizada uma nova autópsia, solicitada pela família da jovem e autorizada pela Advocacia-Geral da União (AGU), com o apoio da Defensoria Pública da União (DPU). O exame deve ocorrer no prazo máximo de seis horas após a aterrissagem, com objetivo de preservar evidências sobre as causas da morte.
Corpo será levado ao Rio de Janeiro após perícia - Depois da autópsia em São Paulo, o corpo seguirá para o Rio de Janeiro, onde deve ocorrer o sepultamento. Inicialmente, a previsão era de que o traslado terminasse apenas na quarta-feira (2), com chegada direta ao Aeroporto do Galeão. Mas a logística foi modificada após negociações com a companhia aérea e a família.
Em nota divulgada na segunda-feira (30), a Emirates informou que alterou os planos de transporte “em coordenação com a família” e expressou condolências. “A Emirates estende suas mais profundas condolências à família neste momento difícil”, declarou a empresa.
A família de Juliana criticou publicamente a demora da companhia aérea em fornecer informações sobre o transporte do corpo desde Bali, onde ocorreu a liberação. O trajeto até o Brasil inclui escala em Dubai, principal hub da Emirates. A falta de atualização por parte da empresa foi alvo de reclamações nas redes sociais.
Juliana Marins sofreu a queda no sábado (21), enquanto fazia trilha no Monte Rinjani, um dos vulcões mais conhecidos da Indonésia. Segundo os relatos, ela caiu na cratera durante a manhã e passou a ser procurada por equipes de resgate.
Dois dias depois, na segunda-feira (23), um drone com sensor térmico localizou a jovem. As imagens mostraram sinais de calor, indicando que ela ainda estaria viva ou havia resistido até pouco tempo antes. No entanto, o acesso ao local só foi possível na terça-feira (24), quando um socorrista conseguiu chegar até o ponto da queda e confirmou a morte.
Autópsia na Indonésia indica hemorragia interna - O corpo foi retirado do local no dia seguinte, quarta-feira (25), e submetido a exames na Indonésia. A autópsia preliminar apontou que Juliana sofreu um trauma contundente que causou hemorragia interna. Segundo os legistas, ela teria sobrevivido por cerca de 20 minutos após o início da hemorragia.
Mesmo com o laudo inicial, a família solicitou nova análise médica no Brasil, alegando necessidade de mais esclarecimentos sobre o resgate e as circunstâncias da morte. A AGU e a DPU acolheram o pedido e coordenaram os procedimentos para a autópsia no país.
Em Niterói, cidade onde Juliana vivia, locais públicos devem receber seu nome em homenagem póstuma. A prefeitura já anunciou que um mirante e uma trilha ecológica na região terão seu nome como forma de lembrança.
A morte da jovem gerou grande repercussão nas redes sociais, com manifestações de pesar de amigos, familiares e autoridades. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva chegou a conversar com o pai de Juliana, colocando o Itamaraty à disposição para ajudar no traslado do corpo.
