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APÓS ACIDENTE NA INDONÉSIA

Corpo de Juliana Marins chega ao Brasil nesta terça para nova autópsia

Turista brasileira que morreu após queda em vulcão na Indonésia será submetida a exames periciais em São Paulo antes de seguir para o Rio

1 julho 2025 - 11h15
Juliana Marins morreu após cair no vulcão Rinjani, na Indonésia. Corpo chega nesta terça ao Brasil.
Juliana Marins morreu após cair no vulcão Rinjani, na Indonésia. Corpo chega nesta terça ao Brasil. - Foto: Reprodução/Redes sociais

Está previsto para 17h15 desta terça-feira (1º) o pouso do avião que traz ao Brasil o corpo da turista Juliana Marins, que morreu após cair na cratera do vulcão Rinjani, na ilha de Lombok, na Indonésia. A aeronave da Emirates desembarca no Terminal 3 do Aeroporto Internacional de Guarulhos, em São Paulo.

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Logo após a chegada, será realizada uma nova autópsia, solicitada pela família da jovem e autorizada pela Advocacia-Geral da União (AGU), com o apoio da Defensoria Pública da União (DPU). O exame deve ocorrer no prazo máximo de seis horas após a aterrissagem, com objetivo de preservar evidências sobre as causas da morte.

Corpo será levado ao Rio de Janeiro após perícia - Depois da autópsia em São Paulo, o corpo seguirá para o Rio de Janeiro, onde deve ocorrer o sepultamento. Inicialmente, a previsão era de que o traslado terminasse apenas na quarta-feira (2), com chegada direta ao Aeroporto do Galeão. Mas a logística foi modificada após negociações com a companhia aérea e a família.

Em nota divulgada na segunda-feira (30), a Emirates informou que alterou os planos de transporte “em coordenação com a família” e expressou condolências. “A Emirates estende suas mais profundas condolências à família neste momento difícil”, declarou a empresa.

A família de Juliana criticou publicamente a demora da companhia aérea em fornecer informações sobre o transporte do corpo desde Bali, onde ocorreu a liberação. O trajeto até o Brasil inclui escala em Dubai, principal hub da Emirates. A falta de atualização por parte da empresa foi alvo de reclamações nas redes sociais.

Juliana Marins sofreu a queda no sábado (21), enquanto fazia trilha no Monte Rinjani, um dos vulcões mais conhecidos da Indonésia. Segundo os relatos, ela caiu na cratera durante a manhã e passou a ser procurada por equipes de resgate.

Dois dias depois, na segunda-feira (23), um drone com sensor térmico localizou a jovem. As imagens mostraram sinais de calor, indicando que ela ainda estaria viva ou havia resistido até pouco tempo antes. No entanto, o acesso ao local só foi possível na terça-feira (24), quando um socorrista conseguiu chegar até o ponto da queda e confirmou a morte.

Autópsia na Indonésia indica hemorragia interna - O corpo foi retirado do local no dia seguinte, quarta-feira (25), e submetido a exames na Indonésia. A autópsia preliminar apontou que Juliana sofreu um trauma contundente que causou hemorragia interna. Segundo os legistas, ela teria sobrevivido por cerca de 20 minutos após o início da hemorragia.

Mesmo com o laudo inicial, a família solicitou nova análise médica no Brasil, alegando necessidade de mais esclarecimentos sobre o resgate e as circunstâncias da morte. A AGU e a DPU acolheram o pedido e coordenaram os procedimentos para a autópsia no país.

Em Niterói, cidade onde Juliana vivia, locais públicos devem receber seu nome em homenagem póstuma. A prefeitura já anunciou que um mirante e uma trilha ecológica na região terão seu nome como forma de lembrança.

A morte da jovem gerou grande repercussão nas redes sociais, com manifestações de pesar de amigos, familiares e autoridades. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva chegou a conversar com o pai de Juliana, colocando o Itamaraty à disposição para ajudar no traslado do corpo.

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