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'FLORIDA HEAT'

Com prisão em Campo Grande, PF realiza operação contra tráfico internacional de armas

Além da Capital de MS, a operação acontece no Rio de Janeiro e em Miami, nos EUA. O cumprimento dos mandados contou também com a participação da Unidade de Polícia Pacificadora - UPP Macacos - na localidade

15 março 2022 - 08h50Da Redação
Armamento apreendido
Armamento apreendido - (Foto: Divulgação/PF)

Em parceria com o Ministério Público do Rio de Janeiro, a Polícia Federal de Mato Grosso do Sul, está realizando nesta manhã (15) a operação "Florida Heat", para desarticular organização criminosa voltada ao tráfico internacional de armas dos EUA para o Brasil. Sete mandados de prisão preventiva e de busca e apreensão, entre elas em Campo Grande.

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Além da Capital de MS, a operação acontece no Rio de Janeiro e em Miami, nos EUA. O cumprimento dos mandados contou também com a participação da Unidade de Polícia Pacificadora - UPP Macacos - na localidade.

As investigações, que já duram cerca de dois anos, desvendaram a existência de um grupo responsável pela aquisição de armas de fogo, peças, acessórios e munições nos EUA e, posterior, envio ao Brasil.

A internalização do armamento, no Brasil, se dava através de rotas marítimas (contêineres) e aéreas (encomenda postal) pelos estados do Amazonas, São Paulo e Santa Catarina e tinham como destino final uma residência em Vila Isabel, no Rio de Janeiro. Na maioria das vezes, o material era acondicionado dentro de equipamentos como máquinas de soldas e impressoras, despachados juntamente a outros itens como telefones, equipamentos eletrônicos, suplementos alimentares, roupas e calçados.


Na maioria das vezes, o material era acondicionado dentro de equipamentos como máquinas de soldas e impressoras, despachados juntamente a outros itens como telefones, equipamentos eletrônicos, suplementos alimentares, roupas e calçados

Desta residência, as peças eram retiradas pelos integrantes da célula no Rio de Janeiro - responsável pela usinagem e montagem do armamento, com auxílio de impressoras 3D (Ghost Gunner) -, que posteriormente eram distribuídos para traficantes, milicianos e assassinos de aluguel.

O dinheiro para a compra do armamento era enviado do Brasil para os EUA através de doleiros. Foi identificado um brasileiro, dono de churrascarias em Boston, que recebia parte desse dinheiro e repassava para os alvos residentes nos EUA.

O bando investia o dinheiro adquirido com o tráfico de armas em imóveis residenciais, criptomoedas, ações, veículos e embarcações de luxo. Além das medidas judiciais já citadas, foi decretado o sequestro de bens, avaliados em cerca de R$ 10 milhões. Ao longo da investigação, foram apreendidos milhares de armas, peças, acessórios e munições de diversos calibres, tanto no Brasil, quanto nos EUA.

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