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SEGURANÇA PÚBLICA

Com 3,5 mil escoltas, grupamento da Agepen dá visibilidade à Polícia Penal nas ruas

"O grupamento tem uma das maiores responsabilidades, que é representar o sistema prisional fora do próprio sistema prisional, atuando diretamente aos olhos de toda a sociedade", ressalta o Comandante Evandro Oliveira

17 abril 2022 - 05h20
Foram mais de 41 mil quilômetros rodados e 3,5 mil escoltas realizadas em um ano.
Foram mais de 41 mil quilômetros rodados e 3,5 mil escoltas realizadas em um ano. - (Foto: Reprodução/Tatyane Santinoni)

Há um ano começou a ser escrito um novo e importante capítulo na história da Agepen (Agência Estadual de Administração do Sistema Penitenciário) com a criação do seu primeiro Grupamento de Escolta Penitenciária (GEP), com base em Campo Grande. Neste período, já foram mais de 41 mil quilômetros rodados, o equivalente a dar a volta em todo o círculo terrestre, e mais de 3,5 mil escoltas realizadas.

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Subordinado à Diretoria de Operações, o grupamento é formado por servidores de carreira treinados e habilitados, cujos trabalhos consistem, especialmente, na escolta de saúde e transporte de presos em consultas e exames diagnósticos agendados, além das progressões de regime.

Dados do Grupamento de Escolta Penitenciária de Campo Grande apontam que, de abril de 2021 a março deste ano, foram 2.704 escoltas de progressões de regime e outras 815 para atendimentos de saúde fora dos estabelecimentos prisionais.

“O GEP tornou-se um braço forte da Agepen no tratamento humanizado e eficiente, aliado ao trabalho seguro, coeso e padronizado”, parabeniza o diretor-presidente da instituição, Aud de Oliveira Chaves.

Na Capital, é responsável por realizar escoltas de saúde e progressões de regime em atendimento a 10 unidades prisionais. Além disso, realiza custódias hospitalares de reeducandos, a partir da sétima internação registrada, complementando serviço que é executado também pela Polícia Militar, que faz a custódia até a sexta internação.

É o grupamento que hoje responde pela segurança externa das penitenciárias do Complexo da Gameleira (PEMRFG I e II). Atua também na realização do “Ponto Base” no Centro Penal Agroindustrial da Gameleira, com o objetivo de efetuar segurança ostensiva armada no retorno dos presos das atividades laborais externas, trabalho que é realizado juntamente com o Comando de Operações Penitenciárias (COPE).

Para o comandante do GEP na Capital, Evandro Luiz Mota de Oliveira, com as mudanças em função da Polícia Penal, “o GEP tem uma das maiores responsabilidades, que é representar o sistema prisional fora do próprio sistema prisional, atuando diretamente aos olhos de toda a sociedade”.

O comandante pontua que, para maximização dos resultados, o grupo atua baseado em um procedimento operacional padrão, “sempre focado na maior segurança, independente de quem é o interno transportado”.

Evandro destaca, ainda, que os integrantes da equipe estão em constante aprimoramento profissional, participando de cursos também em outras forças de segurança, como o Exército Brasileiro e a Polícia Civil, além dos ofertados pela Agepen.

Atuando desde o primeiro dia de existência do GEP em Campo Grande, quando o grupo era formado por apenas cinco servidores, o policial penal Leandro Francisco Fernandes Santos avalia o grupamento como “um divisor de águas, tendo seu trabalho refletido em bons resultados para a Agepen”.

Segundo o policial penal, não é um trabalho de rotina e exige atenção e dedicação extremas. “Por ser uma atividade de risco, é necessária postura desde a apresentação pessoal ao comprometimento com o protocolo de segurança, e cobramos muito isso”, ressalta. “Fazer parte do grupamento é um orgulho para mim”, garante.

Além de Campo Grande, uma base do GEP também foi instalada na cidade de Três Lagoas, há seis meses, e é projeto da Agepen expandir a outros municípios.

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