
Polícia Civil de Santa Catarina encerrou o inquérito sobre a morte do policial militar Jeferson Luiz Sagaz e da empresária Ana Carolina Silva, ambos de 37 anos, encontrados sem vida em um motel de São José, na Grande Florianópolis. O caso aconteceu no dia 11 de agosto e, segundo a polícia, foi resultado de uma combinação de drogas, álcool e calor excessivo.

De acordo com a investigação, o casal ingeriu cocaína e bebidas alcoólicas antes de entrar em uma banheira com água aquecida a uma temperatura que pode ter chegado a 50°C. A exposição prolongada ao calor, somada à intoxicação pelas substâncias, causou hipertermia — condição de superaquecimento do corpo — levando a um colapso térmico e, por fim, à falência dos órgãos.
"Não houve ação de terceiros. Foi uma morte súbita causada por fatores combinados: álcool, droga e calor extremo", explicou o delegado Felipe Simão Gomes durante entrevista coletiva nesta quarta-feira (1º), em Florianópolis.
Hipóteses de crime foram descartadas - Ao todo, foram realizados 16 laudos periciais para esclarecer o caso. A perícia descartou possibilidades como choque elétrico, afogamento, intoxicação por monóxido de carbono ou qualquer violência externa. A Polícia Civil chegou a considerar, durante as investigações, a possibilidade de homicídio seguido de suicídio, mas essa linha foi totalmente descartada após os exames.
O casal vivia junto havia cerca de 20 anos e tinha uma filha de 4 anos. Na véspera da tragédia, em 10 de agosto, eles haviam comemorado o aniversário da menina em um parque. À noite, deixaram a criança com familiares e foram a um bar, de onde saíram por volta das 23h30. Não fizeram mais contato com a família.
Os corpos foram encontrados na noite seguinte, em uma suíte de motel às margens da BR-101, no bairro Roçado. Funcionários desconfiaram da ausência de respostas pelo interfone e acionaram a polícia.
