
Na manhã do último domingo, dia 29 de dezembro, uma equipe da Polícia Militar Ambiental (PMA) de Corumbá flagrou um caso de captura ilegal de aves silvestres durante patrulhamento terrestre. Na rotatória entre a MS-428 e a BR-262, os agentes avistaram um homem carregando uma gaiola com três canários-da-terra.

Ao ser abordado, o suspeito admitiu que utilizava uma das aves como “chama”, uma prática comum entre capturadores ilegais, onde um pássaro preso é usado para atrair outros da mesma espécie. Segundo ele, as duas outras aves haviam sido capturadas pouco antes da abordagem.
Captura como hobby: uma prática ilegal - Questionado sobre a autorização para a posse e captura dos pássaros, o homem afirmou não possuir nenhuma licença dos órgãos ambientais competentes. Alegou ainda que realizava a atividade apenas como hobby, sem intenção comercial.
A captura e manutenção de animais silvestres sem autorização são crimes ambientais previstos na Lei nº 9.605/98 (Lei de Crimes Ambientais). Além disso, a prática representa uma ameaça à biodiversidade, já que impacta diretamente nas populações de aves nativas.
Multa e encaminhamento às autoridades - Diante da infração, os policiais emitiram um auto de infração ambiental com multa no valor de R$ 1.500,00. O infrator foi conduzido à 1ª Delegacia de Polícia Civil de Corumbá, onde foram iniciados os procedimentos legais cabíveis. As aves foram apreendidas e encaminhadas para avaliação de especialistas, a fim de determinar se podem ser reintroduzidas na natureza.
A ação da Polícia Militar Ambiental reforça o compromisso com a proteção da fauna silvestre, destacando a importância de operações regulares de fiscalização.
O impacto da captura ilegal de aves silvestres - O comércio ilegal de aves, muitas vezes disfarçado como hobby, representa uma das principais ameaças à preservação das espécies no Brasil. Pássaros como o canário-da-terra (Sicalis flaveola) são frequentemente capturados devido à sua beleza e canto característico, resultando em impactos significativos nas populações nativas.
Além de desestabilizar os ecossistemas, a captura ilegal pode expor as aves a condições inadequadas de transporte e cativeiro, resultando frequentemente em sofrimento e morte.
A importância das denúncias - A população tem um papel fundamental no combate ao tráfico de animais silvestres. Qualquer atividade suspeita pode ser denunciada às autoridades ambientais, como a Polícia Militar Ambiental, o Ibama ou outros órgãos competentes.
Denúncias anônimas podem ser feitas através de canais oficiais, garantindo o sigilo do denunciante e ajudando a coibir práticas ilegais que ameaçam a fauna brasileira.
Preservação é dever de todos - A captura e manutenção de animais silvestres em cativeiro sem autorização não são apenas crimes, mas práticas que afetam o equilíbrio dos ecossistemas e a conservação das espécies. A Polícia Militar Ambiental reforça que ações de fiscalização continuarão intensificadas na região de Corumbá, especialmente em áreas conhecidas pelo risco de tráfico de animais.
A conscientização da população é essencial para que práticas como essa sejam eliminadas, garantindo que as próximas gerações possam continuar apreciando a beleza dos canários e de tantas outras espécies livres na natureza.
