
A recém-empossada vice-prefeita de Campo Grande (MS), Camila Nascimento (Avante), deixou claro que sua atuação na gestão municipal será muito mais ativa do que a desempenhada por sua antecessora no cargo. Em tom firme, ela garantiu: "Vou estar presente, vou saber".

Durante a campanha eleitoral de 2024, a então candidata Adriane Lopes (PP) frequentemente justificou que não tinha controle total das decisões quando foi vice-prefeita de Marquinhos Trad (PDT), afirmando que "quem tinha a caneta era Marquinhos". Agora, Camila assegura que essa situação não se repetirá. "Pelo menos é o que ela me disse, e eu acredito", completou, com bom humor.
Um perfil participativo desde o início - Mesmo antes de ser oficialmente empossada, Camila já mostrava sinais de uma postura ativa. Ela esteve envolvida diretamente nas discussões sobre a reforma administrativa da Prefeitura de Campo Grande, acompanhando as decisões e contribuindo com sugestões.
"A gente está fazendo tudo juntas", enfatizou, deixando claro que sua relação com Adriane é baseada em diálogo e cooperação. Contudo, o anúncio dos nomes do primeiro escalão segue como uma prerrogativa exclusiva da prefeita, que prometeu divulgar sua equipe até o dia 10 de janeiro.
Camila sinalizou que entende e respeita essa divisão de responsabilidades, mas reforçou que não pretende ser uma figura apenas decorativa na gestão.

Uma trajetória técnica e política consolidada - Com formação em Odontologia, Camila Nascimento de Oliveira tem uma trajetória marcada por cargos técnicos e administrativos importantes. Ela foi diretora do IMPCG (Instituto Municipal de Previdência de Campo Grande) por quase 7 anos, onde liderou políticas públicas voltadas à previdência dos servidores municipais.
Além disso, já ocupou o cargo de secretária municipal de Saúde de São Gabriel do Oeste e foi diretora-presidente do Hospital Municipal da cidade, demonstrando experiência tanto na gestão pública quanto no cuidado com políticas de saúde.
Essa bagagem técnica é um dos principais motivos pelos quais sua atuação na Prefeitura de Campo Grande gera expectativas positivas.
Diálogo e alinhamento como estratégia de gestão - O discurso de Camila Nascimento reflete um compromisso com a transparência e com uma participação ativa nas decisões mais importantes da gestão municipal. O alinhamento com Adriane Lopes, pelo menos neste início de mandato, parece bem definido: um trabalho conjunto, mas respeitando os limites das funções de cada uma.
A promessa de "não ficar apenas olhando Adriane com a caneta na mão" traduz o espírito de parceria que ela pretende imprimir nos próximos anos.
Resta saber como essa dinâmica se desenrolará na prática, especialmente nos momentos de decisões difíceis e políticas complexas.

Expectativas para os próximos anos - Camila Nascimento não esconde que deseja ser mais do que apenas uma sombra da prefeita. Sua postura proativa e experiência técnica sugerem que ela poderá contribuir efetivamente com as políticas públicas municipais.
Em uma gestão que começa com desafios claros, como a conclusão da reforma administrativa e a implementação de novos projetos para Campo Grande, a vice-prefeita já deixou claro: ela não será apenas uma observadora, mas uma agente ativa no processo de governança da capital sul-mato-grossense.
