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As buscas por Lázaro Barbosa, 32, conhecido como ‘’serial killer’’ do DF seguem em andamento e já entra no 15º dia. Lázaro é suspeito de matar quatro pessoas da mesma família no último dia (9), em Ceilândia (DF). Além disso, o suspeito é considerado perigoso e "autor de crimes bárbaros". A ardente busca por Lázaro fez recordarmos alguns dos assassinos em séries que amedrontaram a população de Mato Grosso do Sul. Relembre agora alguns deles:

Maníaco da Cruz - Rio Brilhante, a 158km de Campo Grande viveu momentos de terror quando em 2008 uma série de assassinatos aconteceram. A cidade acabou se tornando conhecida por ter como morador Dyonathan Celestrino, conhecido como ‘Maníaco da Cruz’.
Aos 16 anos, Dyonathan matou três pessoas. O primeiro assassinato foi em 2 de julho de 2008, a vítima foi o pedreiro Catalino Gardena, que era alcoólatra. A segunda vítima foi a frentista homossexual Letícia Neves de Olive–ira, encontrada morta em um túmulo de cemitério, no dia 24 de agosto.
A terceira e última vítima foi Gleice Kelly da Silva, de 13 anos, encontrada morta seminua em uma obra, no dia 3 de outubro daquele ano. Dyonathan foi apreendido em 9 de outubro, seis dias após o último assassinato.
Dyonathan Celestrino
As investigações na época dos crimes, apontaram que as vítimas eram escolhidas aleatoriamente e obrigadas a responder várias perguntas sobre comportamento sexual. Se fossem consideradas impuras, eram assassinadas e os corpos eram posicionados em sinal de crucificação.
Uma consulta psiquiátrica diagnosticou Dyonathan como portador de “transtorno de personalidade antissocial e homicida em série”. Dyonathan foi diagnosticado com “baixa tolerância a frustrações, falta de empatia e ausência de sentimentos de remorso ou culpa”.
Em determinação no mês de março de 2019, a Secretaria de Estado de Saúde e a presidência do Tribunal de Justiça afirmaram que o melhor lugar para Dyonathan Celestrino continuava sendo a ala de saúde do Presídio de Segurança Máxima de Campo Grande.
Nando - Luiz Alves Martins Filho, conhecido como Nando, foi descoberto pelos seus crimes em 2016. O serial killer agia no bairro Danúbio Azul, localizado em Campo Grande e era morador da região há mais de 20 anos. Antes de ser descoberto, ele era o “bom vizinho” que ajudava os mais próximos sempre que possível. Mas em novembro de 2016, seus crimes vieram à tona. Durante seu mandado de prisão foram encontrados um revólver calibre 38, seis munições e algumas ferramentas utilizadas por ele, como pá e facão.
Nando agia como uma espécie de “justiceiro” do bairro e suas vítimas eram aquelas vistas como os que colocavam a segurança do bairro em risco, tendo assim só uma alternativa como punição, a morte.
O serial killer alegou ter cometido seu primeiro crime aos 29 anos, o abuso sexual e assassinato de um garoto de 13 anos. Nando alegou ter matado ainda, 17 pessoas e os crimes só vieram a serem descobertos após quatro anos do sumiço da primeira vítima.
O Nando já foi condenado há mais de 175 anos de sentença
Durante seções de escavação no Jardim Veraneio, onde enterrava suas vítimas, a polícia localizou 10 ossadas, mais 4 em outro local e as demais seguem sob investigação.
Somente depois de 14 anos do assassinato, Nando foi julgado pelo primeiro crime. Os julgamentos tiveram início em 2018 e já se acumulam em 15. Luiz Alves Martins Filho foi condenado há mais de 175 anos de sentença em regime fechado.
Pedreiro Assassino - Conhecido como “Pedreiro Assassino’’, Cleber de Souza Carvalho, atualmente com 43 anos, é acusado de matar pelo menos 7 pessoas a pauladas. O pedreiro teve seus crimes descobertos em maio de 2020.
O assassinato que levou a descoberta dos demais homicídios foi o do comerciante José Leonel Ferreira dos Santos, 61 anos. O corpo foi encontrado enterrado no próprio quintal da vítima localizado na Vila Nasser, em Campo Grande, depois de 5 dias, quando os familiares suspeitaram do sumiço e ao encontrarem o assassino morando na residência do comerciante, acionaram a polícia. Cleber matava e assumia os bens das vítimas.
O caso do "pedreiro assassino" chocou a Capital
Em maio de 2020, o serial killer foi preso junto a esposa e filha, suspeitas de participação nos crimes. Inicialmente, o acusado confessou o assassinato de José Leonel e outras 4 pessoas. No dia seguinte a sua prisão, assumiu ter matado mais duas pessoas, alegando como justificativa que todos os crimes ocorreram devido a desentendimentos.
Os crimes tiveram início no ano de 2016 e segundo investigações, aconteceram da mesma forma, com golpes na cabeça. O pedreiro e a mulher estão presos há pouco mais de um ano. Devido a alegação dos advogados, de que a denúncia não detalhou as condutas dos crimes, o Ministério Público de Mato Grosso do Sul manifestou em pedido da manutenção da sentença. Com isso, o processo deve voltar para o juiz responsável para que um novo julgamento seja marcado.
Laudo - Toda a discussão em torno do assunto, desperta o interesse pelas motivações que movem assassinos em série. Segundo o psiquiatra Kleber Vargas, pessoas que cometem assassinatos em série, geralmente possuem um jeito de operar próprio, com algum tipo de ritual ou assinatura.
“Normalmente essas pessoas são portadoras de transtornos de personalidade, do tipo antissocial principalmente. O transtorno do tipo antissocial é caracterizado por uma pessoa que tem uma incapacidade de respeitar normas e regras”, afirmou.
O psiquiatra ressaltou que nem toda pessoa portadora de transtorno de personalidade vai ser um assassino, podendo ser simplesmente uma pessoa que não respeita regras e questões morais.
“Nos casos mais graves sim, essa pessoa pode cometer crimes devido uma incapacidade de empatia e de se colocar no lugar do outro. Quando portadoras de transtorno de personalidade antissocial há uma dificuldade muito grande, talvez até mesmo uma incapacidade de aprendizado pelo erro, mesmo pela punição. São pessoas que tem um certo sadismo e prazer em gerar dor em outras pessoas”, revelou.
Vargas explicou que laudos para assassinos em série são emitidos através de uma perícia psiquiátrica. “O laudo é emitido através de uma perícia psiquiátrica que vai avaliar essa pessoa e observar se ela tem um histórico, características que façam pensar que ela tem algum tipo de doença”, comentou.
O assassino pode fazer diferenciação entre familiares e pessoas que não possuem vínculo, porém isso varia de caso para caso.
“Importante lembrar que nem todo serial killer possui algum transtorno de personalidade, existem assassinos de aluguel que matam simplesmente pelo dinheiro. Então vai depender muito do tipo de assassino que será avaliado. Pessoas sem transtorno grave provavelmente vão fazer uma diferenciação entre familiares que gostam e pessoas que não tem vínculo, agora para alguns isso não vai fazer diferença alguma”, finalizou.
