
O Corpo de Bombeiros de Mato Grosso do Sul mantém um rigoroso monitoramento na área atingida por um incêndio florestal no município de Bonito. Uma equipe de especialistas trabalha incansavelmente para evitar a reignição do fogo no local. O incêndio, que começou no dia 18, teve dois focos controlados na quinta-feira (21), e o terceiro foco na sexta-feira (22), após cinco dias de intensa batalha.

A tenente-coronel Tatiane Inoue, chefe do Centro de Proteção Ambiental (CPA), explicou: "Após cinco dias de combate ao incêndio florestal, as equipes conseguiram extinguir as chamas. Finalizamos os focos principais e controlamos o último para chegar na área que a gente queria. Na sexta-feira houve uma reignição que é normal, num incêndio, por conta das condições atmosféricas do meio do dia."
Os militares conseguiram realizar o combate direto com o apoio das aeronaves 'air tractor', que são usadas nas áreas de difícil acesso. Essas aeronaves, entregues em fevereiro deste ano, têm a capacidade de transportar até três mil litros de água cada uma e representam um dos reforços atuais do Governo do Estado nas ações de combate a incêndios florestais.
Uma equipe de especialistas trabalha incansavelmente para evitar a reignição do fogo no local
O capitão Diego Baumgardt, comandante da ação em Bonito, comentou: "Após termos extinto o foco principal, que nós estávamos trabalhando durante quatro dias, na sexta-feira (22) atuamos no foco secundário, mas estava de difícil acesso. E graças aos militares empenhados e todo suporte que tivemos, conseguimos fazer a extinção por completo dele também."
No sábado (23), autoridades como o secretário Jaime Verruck, da Semadesc (Secretaria de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação), o diretor-presidente do Imasul (Instituto de Meio Ambiente de Mato Grosso do Sul), André Borges, e o assessor bombeiro militar da Semadesc, tenente-coronel Leonardo Congro, realizaram um sobrevoo na área conhecida como "Banhado", que foi afetada pelo incêndio em Bonito. As chamas afetaram uma área de aproximadamente 500 hectares devido às condições climáticas extremas, com baixa umidade relativa do ar e altas temperaturas.
Desde 17 de julho, o Corpo de Bombeiros Militar de MS está em alerta para atuar em caso de incêndios florestais no Pantanal, Cerrado e Mata Atlântica, biomas presentes no Estado. Isso resultou na suspensão das autorizações ambientais de "queima controlada" até 31 de dezembro deste ano, permitindo um período de cautela e monitoramento constante.
Além da área em Bonito, 28 militares que fazem parte da Operação Pantanal 2023, divididos em três equipes de especialistas em combate a incêndios, também estão trabalhando incansavelmente. O Centro de Proteção Ambiental em Campo Grande é responsável por monitorar os focos e direcionar as guarnições para os pontos mais sensíveis que exigem atuação dos bombeiros. Existem também focos ativos na terra indígena Kadiwéu, que até agora não solicitaram o apoio do Corpo de Bombeiros.
