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10 ANOS

Boate Kiss: Jovens de MS estão entre as vítimas que morreram na tragédia

David Santiago Souza, 23 anos, Flávia de Carli Magalhães, de 18 e Ana Paula Rodrigues, 20 anos foram as vítimas

27 janeiro 2023 - 09h20Da Redação
Boate Kiss
Boate Kiss - (Foto: Fernando Frazão)

Hoje (27) se completa uma década da tragédia na Boate Kiss em Santa Maria, no Rio Grande do Sul. Apesar de ter sido em outro estado, jovens de Mato Grosso do Sul também foram vitimas da fatalidade. Três estudantes sul-mato-grossenses também morreram por causa do incêndio, dentre as 242 pessoas que vieram a óbito. David Santiago Souza, 23 anos, Flávia de Carli Magalhães, de 18 e Ana Paula Rodrigues, 20 anos foram as vítimas.

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No caso de Ana Paula, que era de Mundo Novo, estava em férias no Sul com amigos da família. Ferida no incêndio, ela morreu no hospital da cidade Cachoeira do Sul, distante 120 km de Santa Maria.

A vitima, David Santiago de Souza, cursava a faculdade de Odontologia na Universidade Federal de Santa Maria (UFSM) em Palmeiras das Missões. Ele tinha ido comemorar o aniversário de 23 anos na boate. "Ele não ia sempre nesta boate. Casualmente tinha ido comemorar o aniversário", disse Elisabeth Souza ao portal Terra. A tia do jovem estava apoiada no caixão do sobrinho, no ginásio do Centro Desportivo Municipal de Santa Maria. Os pais de David moram em Campo Grande e estavam a caminho da cidade. Aqui na Capital, ele foi aluno do Colégio Nossa Senhora Auxiliadora.

Já Flávia de Carli Magalhães, que era de Chapadão do Sul, mas residia em Palmas das Missões (RS) onde estudava Administração de Empresas, morreu juntamente com o namorado, Luiz Fernando Donati, de 18 anos. O casal, que estudava na UFSM tinha ido passar o fim de semana em Santa Maria.


Os jovens de MS que morreram na tragédia - (Foto: Arquivo)

A jovem e o namorado, que foram vítimas da tragédia, passaram o final de semana em Santa Maria para ir à festa.

Entenda - A tragédia provocou a morte de 242 pessoas, mais de 600 feridos e comove o país até hoje, sem nenhum réu responsabilizado. 

O drama começou por volta de três horas da manhã do dia 27 de janeiro de 2013, quando o vocalista da banda Gurizada Fandangueira, Marcelo de Jesus dos Santos, acendeu um objeto pirotécnico dentro da boate, em Santa Maria, no Rio Grande do Sul.

A espuma do teto foi atingida por fagulhas e começou a queimar. A fumaça tóxica fazia as pessoas desmaiarem em segundos. O local estava superlotado, não tinha equipamentos para combater o fogo, nem saídas de emergência suficientes. Morreram pessoas que não conseguiram sair e outras que tinham saído, mas voltaram para ajudar.

O delegado regional de Santa Maria, Sandro Luiz Mainers, contou que o pânico se instalou quando a fumaça se espalhou e a luz caiu. As pessoas não sabiam como fugir.

"E isso fez com que algumas pessoas enganadas por duas placas luminosas que estavam sobre os banheiros da boate corressem na direção dos banheiros e não na direção da porta. Então, houve um fluxo e um contrafluxo. Algumas corriam para o banheiro e outras tentavam correr na direção da porta de entrada. Isso fez com que muitas pessoas morressem porque algumas acabaram sendo derrubadas, algumas caíram", relatou.

Além da falta de sinalização, quem tentava sair esbarrava nos guarda corpos que serviam para direcionar as pessoas ao caixa da boate, disse o delegado. "E os guarda corpos foram determinantes até porque nós encontramos corpos caídos sobre esses guarda corpos", afirmou.

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