
Djalma Marinho Umburana, 57, condenado pelo primeiro caso de feminicídio julgado em Mato Grosso do Sul, foi preso novamente na última sexta-feira (7), desta vez por agredir e ameaçar de morte a atual companheira, uma jovem de 24 anos, em Nova Andradina.
A prisão em flagrante foi efetuada pela Delegacia de Atendimento à Mulher (DAM), com apoio do Setor de Investigações Gerais (SIG). A vítima apresentava hematomas e relatou ter sido ameaçada pelo agressor. Djalma foi detido no local.
Em 2016, Djalma matou a ex-companheira Andrea Regina Moreira Cavalcante por espancamento. O caso foi o primeiro reconhecido como feminicídio em Mato Grosso do Sul desde a entrada em vigor da Lei Maria da Penha. O julgamento, realizado em 2018, teve grande repercussão pública e precisou ser transferido para o plenário da Câmara de Vereadores da cidade.
Condenado a 19 anos, 4 meses e 22 dias de prisão, ele cumpria pena em regime semiaberto e utilizava tornozeleira eletrônica. Na época do julgamento, o crime gerou comoção e levantou discussões sobre a aplicação da lei e a punição a crimes de gênero.
Reincidência reacende debate - A nova agressão reacende o debate sobre reincidência de agressores e a efetividade do sistema de monitoramento e reabilitação. O histórico de violência e a reincidência em novo caso de agressão colocam em xeque a eficácia das medidas de controle e proteção às vítimas.
O caso segue sob investigação da Polícia Civil. A vítima está sob medidas protetivas, conforme previsto pela legislação vigente.

