
Uma operação da Polícia Civil do Rio de Janeiro apreendeu, neste sábado (5), centenas de garrafas de bebidas alcoólicas suspeitas de adulteração ou vencidas em estabelecimentos da capital e da Baixada Fluminense. Uma pessoa foi presa por vender bebidas fora da validade, e outras oito foram levadas à Delegacia de Repressão aos Crimes Contra a Propriedade Imaterial (DRCPIM) para prestar esclarecimentos.

Desde quarta-feira (2), as ações vêm sendo intensificadas após o aumento dos casos de intoxicação por metanol no Brasil. Ao todo, mais de 50 endereços, entre bares, distribuidoras e residências, já foram fiscalizados no estado. A operação resultou na condução de 14 pessoas às delegacias e na apreensão de milhares de garrafas que estavam armazenadas em condições insalubres ou com sinais de adulteração.
O primeiro caso suspeito de contaminação no Rio foi notificado neste sábado (4), em Niterói, na Região Metropolitana. A Secretaria Estadual de Saúde aguarda o resultado de exames laboratoriais e ativou uma "Sala de Situação" para monitorar possíveis novos casos.
Risco grave à saúde
A ingestão de bebidas adulteradas com metanol representa risco extremo. O composto químico é altamente tóxico e, quando metabolizado, pode causar danos severos, como cegueira e até a morte. Entre os sintomas estão visão turva, dores abdominais, vômitos e sudorese intensa.
Diante de qualquer sinal de intoxicação, é fundamental buscar atendimento médico urgente e informar os contatos que possam ter consumido a mesma bebida.
Canais de emergência:
Disque-Intoxicação (Anvisa): 0800 722 6001
CCI São Paulo (atendimento nacional): (11) 5012-5311 ou 0800 771 3733
CIATox local: consulte a unidade da sua cidade
O governo estadual reforça a importância de evitar o consumo de bebidas de origem duvidosa, especialmente durante o período de investigações em curso.
