
Cinco mulheres denunciaram agressões enquanto praticavam atividade física no Parque Ibirapuera, em São Paulo. As vítimas, todas corredoras, relataram ter sido atingidas por socorros, empurrões e cotoveladas de homens durante os treinos, o que gerou uma onda de indignação nas redes sociais. A Urbia, concessionária responsável pela administração do parque, afirmou ter prestado atendimento às vítimas, enquanto a Secretaria Municipal de Segurança Urbana reforçou o patrulhamento no local.

As agressões ocorreram principalmente na pista de corrida, e uma das vítimas, a mãe da médica Raquel Alencar, sofreu fraturas no braço e ligamentos após ser empurrada por um corredor. Raquel explicou: "A prioridade foi ajudar minha mãe, que estava deitada no chão. Infelizmente, ninguém seguiu o agressor", disse.
Além da médica, Gleice Koyama, uma artesã de 41 anos, também sofreu uma agressão enquanto finalizava um treino de corrida de 15 km. Ela foi atingida por um soco no olho direito, o que a fez cair e se desequilibrar. Gleice compartilhou nas redes sociais um vídeo mostrando os ferimentos e relatando a violência. Ela inicialmente acreditava que o incidente fosse isolado, mas logo descobriu que outras mulheres haviam passado por situações semelhantes.
No mesmo período, Noelle Pessoa, gerente internacional de vendas, também foi agredida por um corredor. Em seu relato, Noelle afirmou que sofreu uma colisão com o agressor, que a atingiu no maxilar. Após o impacto, ela tentou confrontar o homem, que a ameaçou fisicamente. Noelle conseguiu se esquivar, mas o agressor fugiu após a intervenção de outra pessoa.
Outros relatos de agressões também surgiram nas redes sociais. Uma corredora relatou ter sido cotovelada por um homem, enquanto outra viu um ciclista dar um tapa nas costas de uma corredora durante o treino. As denúncias destacam a crescente violência e o desrespeito nas atividades físicas no parque, que é um dos principais espaços de lazer da cidade.
Em resposta às denúncias, a Urbia informou que o atendimento foi prestado à idosa, mas não se manifestou sobre ações preventivas. A Secretaria Municipal de Segurança Urbana informou que está reforçando o patrulhamento na região, mas sem dar detalhes sobre medidas adicionais de segurança.
Esses episódios de violência no Parque Ibirapuera geraram discussões sobre o respeito à integridade física de mulheres durante atividades de lazer e a falta de fiscalização no local. A prefeitura e as autoridades locais precisam avaliar novas ações para garantir a segurança de todos os frequentadores do parque.
