
A morte do advogado criminalista Luiz Fernando Pacheco, de 47 anos, foi causada por traumatismo craniano, segundo laudo pericial solicitado pela Polícia Civil de São Paulo. Ele foi encontrado desacordado no dia 1º de outubro, em uma rua do bairro Higienópolis, na região central da capital paulista, e morreu após ser agredido durante uma tentativa de assalto.

Conhecido por sua atuação em casos de grande repercussão, como o do Mensalão, e fundador do Grupo Prerrogativas, Pacheco foi socorrido e levado à Santa Casa de São Paulo, mas faleceu em decorrência de uma lesão craniana provocada pela queda após receber um soco na cabeça.
Suspeitos foram identificados por câmeras de segurança - De acordo com a Secretaria de Segurança Pública (SSP-SP), imagens de câmeras de monitoramento mostram o momento em que o advogado é abordado pelo suspeito Lucas Brás dos Santos, de 27 anos, que estava acompanhado da namorada, Ana Paula Teixeira Pinto de Jesus.
Ao tentar impedir que seu celular fosse roubado, Pacheco reagiu e foi agredido com um soco. A pancada causou sua queda ao solo, provocando o traumatismo cranioencefálico apontado como causa da morte no laudo pericial.
Inicialmente, a polícia chegou a investigar a hipótese de intoxicação por metanol, já que o próprio advogado havia enviado uma mensagem aos colegas dizendo que “tomou metanol” — o que, mais tarde, foi interpretado como uma brincadeira, devido à onda de intoxicações pela substância em bebidas adulteradas. O laudo afastou completamente essa possibilidade.
Roubo e falta de documentos dificultaram identificação - O advogado teve seus pertences roubados após a agressão, o que dificultou sua identificação no hospital. Sem documentos, ele só foi reconhecido 36 horas depois, por meio de suas impressões digitais. A família já havia registrado boletim de ocorrência de desaparecimento.
O corpo de Luiz Fernando Pacheco foi sepultado no dia 3 de outubro, em cerimônia com a presença de autoridades e ministros de Estado.
Além de Lucas Brás dos Santos e Ana Paula Teixeira Pinto de Jesus, a polícia prendeu José Lucas Domingo Alves, acusado de dar apoio logístico à dupla e também envolvido em outros furtos na região central da cidade.
A Polícia Civil continua as diligências para concluir o inquérito. Os três suspeitos estão detidos e são investigados por participação em roubos de celulares em série na região.
