
Um ato de extrema violência sexual abalou a comunidade indígena Nhu-Verá, em Dourados, no último fim de semana. Um adolescente de 14 anos confessou ter estuprado a própria prima, uma menina de apenas 8 anos de idade. O jovem foi detido e aguarda, na Delegacia de Atendimento à Infância, Juventude e Idoso (Daiji), a decisão judicial que deve determinar sua internação em uma Unidade Educacional de Internação (Unei).
O crime ocorreu na noite do último sábado, dia 15. Inicialmente, a vítima foi levada ao Hospital Universitário (HU) da UFGD sob a falsa alegação de que teria sofrido uma queda de uma árvore. Contudo, a natureza dos ferimentos fez com que a equipe médica do hospital imediatamente levantasse a suspeita de abuso sexual – um detalhe crucial que alterou completamente o curso dos fatos e garantiu o início das investigações.
Diante da suspeita médica, a Polícia Civil foi acionada. Os exames de corpo de delito realizados na própria unidade hospitalar confirmaram o estupro de vulnerável.
As investigações foram intensificadas, contando com a importante colaboração das lideranças da comunidade Nhu-Verá. Foi esta ajuda que apontou o primo da menina, o adolescente de 14 anos, como o principal suspeito. Conduzido à delegacia, o jovem acabou confessando o crime durante o depoimento.
A delegada responsável pelo caso agiu prontamente, representando à Justiça pela internação provisória do adolescente. A medida é fundamentada no Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) para a apuração de ato infracional análogo ao crime de estupro de vulnerável.
Acompanhamento da Vítima - A menina de 8 anos continua internada no Hospital Universitário de Dourados. Ela recebe, além do atendimento médico necessário para sua recuperação física, o acompanhamento psicossocial. O estado de saúde e as condições de recuperação da criança estão sendo acompanhados de perto pelas autoridades competentes e pela assistência social, garantindo suporte integral à vítima neste momento delicado.

