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NACIONAL

Prescrição de processo contra PCC não muda prisão de Marcola, que cumpre 300 anos de pena

Decisão da Justiça de SP encerra ação de 2013 contra 161 réus por associação criminosa, mas não afeta líder da facção, que segue detido sob regime federal

10 dezembro 2025 - 20h45Redação O Estado de S. Paulo
Marcola permanece em presídio federal, mesmo com arquivamento de processo por prescrição.
Marcola permanece em presídio federal, mesmo com arquivamento de processo por prescrição. - (Foto: Jorge Santos/Oeste)

A Justiça de São Paulo arquivou um processo aberto em 2013 contra 161 investigados por suposto envolvimento com o Primeiro Comando da Capital (PCC), por prescrição. A decisão, no entanto, não altera a situação do líder da facção, Marcos Willians Herbas Camacho, o Marcola, que cumpre mais de 300 anos de prisão por crimes diversos como homicídios, tráfico de drogas e roubos.

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Apesar de estar entre os denunciados no processo agora encerrado, Marcola segue preso em unidade federal de segurança máxima, sob rígido esquema de isolamento, e sua permanência no sistema prisional não depende da ação arquivada. Ele está detido sem interrupções desde julho de 1999.

A ação arquivada foi considerada uma das maiores já abertas contra o PCC. A denúncia foi apresentada em setembro de 2013, mas o caso ficou parado por quase 12 anos. Quatorze réus nem chegaram a ser citados e nenhuma audiência foi realizada. No último dia 2 de dezembro, o juiz Gabriel Medeiros, da 1ª Vara de Presidente Venceslau, declarou a extinção da punibilidade dos acusados, por considerar que o Estado perdeu o prazo legal para julgar o crime de associação criminosa.

Segundo o coordenador de Direito da ESPM, Marcelo Crespo, a prescrição é calculada com base nos prazos do Código Penal e se aplica de forma individual a cada crime. “O fato de ele [Marcola] já estar respondendo a mais de 300 anos não tem nada a ver com a prescrição para um novo crime. São coisas separadas”, explicou.

Preso há mais de duas décadas, Marcola passou por 19 presídios estaduais até ser transferido para o sistema penitenciário federal em 2019. Desde então, decisões judiciais sucessivas garantem sua permanência sob vigilância máxima, após descobertas de planos de fuga.

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